Professoras da rede municipal de São Leopoldo farão paralisação em 18 de novembro

Levantamento do Sindicato aponta que 45 das 50 escolas municipais de São Leopoldo aderiram ao movimento
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A decisão foi aprovada por unanimidade em uma Assembleia Geral do Sindicato dos Professores Municipais Leopoldenses. Foto: Ceprol /Sindicato

Professoras da rede municipal de São Leopoldo, na região metropolitana de Porto Alegre, farão um dia de paralisação na próxima terça-feira (18). Leia em TVT News.

Professoras fazem greve de um dia em São Leopoldo

A interrupção das atividades envolve 90% das escolas do município, em protesto contra o Teto de Gastos do prefeito Heliomar Franco (PL) e o que a categoria classifica como crescente desrespeito contra as professoras e a educação pública. A decisão foi aprovada por unanimidade em uma Assembleia Geral do Sindicato dos Professores Municipais Leopoldenses (Ceprol Sindicato), que reuniu mais de 300 profissionais nesta quinta-feira (06/11) na EMEF Gusmão Brito.

A paralisação, que estima a adesão em 45 das 50 escolas denuncia o que a categoria classifica como “projeto político de desmonte dos serviços públicos” e alerta para o risco de engessamento orçamentário, além de crescentes ataques à educação e aos direitos dos servidores.

A paralisação é em protesto contra o Teto de Gastos do prefeito Heliomar Franco (PL) e o que a categoria classifica como crescente desrespeito contra as professoras e a educação pública.

A presidente do CEPROL, Cris Mainardi, afirma que as medidas vão além de um ajuste fiscal. “O que estamos testemunhando não é uma medida de ajuste necessário, mas sim um projeto político de desmonte dos serviços públicos. O risco concreto é a rigidez da capacidade de investimento do município, a precarização de serviços públicos essenciais como saúde, educação e assistência social, além da desvalorização do magistério”, declarou.

De acordo com análise técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e do Escritório Buchabqui e Pinheiro Machado, especialista em Direito Administrativo, a legislação proposta pelo executivo municipal representa um risco de engessamento orçamentário, perda de autonomia e precarização dos serviços públicos. Segundo o DIEESE, se a lei já estivesse em vigor, São Leopoldo teria perdido R$ 289,7 milhões em 2024, recursos considerados cruciais para o atendimento à população durante a enchente.

A categoria também relaciona uma série de outros ataques, como a ameaça de fechamento da Escola Municipal de Artes Pequeno Príncipe e a intenção do governo municipal de realizar uma Reforma da Previdência no Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Servidores (IAPS), o que pode modificar as regras de aposentadoria.

Vereador do PL: desrespeito na tribuna

O clima de confronto se intensificou com a declaração do vereador governista Daniel Daudt (PL), que ofendeu a categoria ao afirmar, da tribuna da Câmara, que as professoras “não sabem ler e interpretar uma frase”. O CEPROL rebateu as declarações, destacando que o quadro é composto por “profissionais aprovados em concurso público, com graduação e especializações”, e exigiu respeito.

Paralisação de professoras em defesa da comunidade

A paralisação do dia 18 aprovada em assembleia junto ao sindicato representa um ato político e um alerta à população leopoldense. “Vamos fechar nossas escolas um dia para lutar em defesa da educação pública para nossos estudantes e toda comunidade, e chamamos a população que venha fazer parte desta luta”, afirmou Mainardi. O movimento busca conscientizar a sociedade sobre os impactos que as medidas aprovadas pela Câmara de Vereadores/as podem ter nos serviços públicos de São Leopoldo.

Com informações do Ceprol /Sindicato

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