Professores de faculdades particulares de SP cancelam greve

Os professores de faculdades particulares do Estado de São Paulo decidiram aceitar uma versão nova da contraproposta patronal
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A categoria dos professores luta por melhores condições de trabalho Foto: Sinesp/Reprodução

Reunida em assembleia estadual, em 29/05, os professores de faculdades particulares aceitaram os termos negociados na reunião com o sindicato patronal (Semesp). A greve estava marcada para iniciar em 2 de junho, mas agora as aulas seguem normalmente. Leia notícias dos professores com a TVT News.

Professores de faculdades particulares de SP cancelam greve após patrões mudarem proposta

Os professores de faculdades particulares do Estado de São Paulo decidiram nesta quinta, 29 de maio, em assembleia, aceitar uma versão nova da contraproposta patronal, negociada no dia anterior, após os patrões saberem da greve da categoria, programada para 2 de junho. Diante do resultado, na mesma assembleia, os professores das faculdades particulares decidiram cancelar a greve.

Após informar o Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de SP) que a categoria entraria em greve, Federação dos Professores de São Paulo (Fepesp) reuniu-se, dia 28, diretamente com a Diretoria do sindicato, que representa as faculdades do Estado.

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Data-base dos professores é em 1° de março. Foto: Divulgação/Gescom

O aviso de greve provocou, inclusive, o comparecimento da presidenta do Semesp, Lúcia Teixeira, o que não havia ocorrido em toda a negociação.

Quais foram as conquistas dos professores de faculdades particulares de São Paulo 

No pacote econômico, a proposta prevê:

  • Reajuste salarial de 4,69%, pago antecipadamente no início de julho (com 1/3 das férias, que são no meio do ano);
  • Abono salarial de 20,89%, para pagar as diferenças salariais (março a junho), até o 5º dia útil de julho e
  • Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) – preferencialmente – ou em forma de Abono salarial, de 12%, sobre o salário bruto, em janeiro de 2026.


“É o encerramento da negociação, que teve várias batalhas, com dificuldades grandes. Foi com o apoio dos professores e a organização dos sindicatos que a comissão de negociação pôde defender a pauta, manter direitos e ainda bloquear os ataques dos representantes patronais”, resumiu Celso Napolitano, presidente da Fepesp e do Sindicato dos Professores de São Paulo (SinproSP).

A aprovação do acordo permitirá assinar a nova Convenção Coletiva de Trabalho, que valerá até fevereiro de 2026. A data-base dos professores é 1º de março.

Os sindicatos da Fepesp representam mais de 80% dos professores da rede particular do Estado, além de mais de 60% dos Auxiliares de administração escolar (AAE). Só na cidade de São Paulo, trabalham cerca de 8 mil docentes no segmento Ensino superior.

As negociações tiveram vários capítulos e a Comissão do Semesp chegou a entregar uma pauta própria, que desmancharia direitos históricos dos professores. A postura deixava a categoria insatisfeita tanto com as cláusulas econômicas, bem como com as clásulas sociais.


Feriado em 15 de outubro, dia do dos professores

A Campanha salarial conquistou, entre outros pontos, melhorias em:

  • pedido de demissão no final do semestre;
  • licença-paternidade de 10 dias;
  • licença-luto em caso de perda de enteada (o), padrasto/madrasta;
  • Feriado no Dia do professor (15/10) e
  • 4 uniformes gratuitos para os Auxiliares (AAE).

A Fepesp conseguiu bloquear um ataque direto a vários direitos dos professores de faculdades particulares e, a partir de agora, uma comissão paritária (com trabalhadores e patrões) vai discutir (até março/26) estes pontos: Ensino a Distância (EaD); Assistência médico-hospitalar; Bolsas de estudos nos cursos de medicina; e Piso salarial de professor.

Por Assessoria de imprensa do SinproSP

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