Professores de SP fazem mobilização em 27 de junho

A mobilização é convocada pela Apeoesp e ocorre pela falta de avanços nas negociações com o governo Tarcísio
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Na pauta dos professores da rede estão climatização das escolas e atribuição de aulas mais justa e transparente. Foto: Apeoesp

Na próxima sexta, 27 de junho, professores da rede pública de ensino fazem jornada de mobilização contra ataques do governo Tarcísio à educação e em defesa do funcionalismo. Leia em TVT News.

Professores fazem jornada de mobilização contra ataques do governo Tarcísio

Os professores da rede estadual de ensino realizam, em 27 de junho, uma jornada de mobilização com duas atividades. De acordo com a Apeoesp, a mobilização não envolverá paralisação das atividades nas escolas.

A primeira será um ato da categoria às 11 horas, em frente à Secretaria da Educação (Seduc), na Praça da República, centro de São Paulo.

A segunda é a participação Ato Unificado do Funcionalismo, que acontece às 15 horas, na Avenida Paulista, em frente ao MASP, contra as privatizações e em defesa do serviço público.

A mobilização dos professores é convocada pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e ocorre em resposta à falta de avanços nas negociações com o governo estadual.

O que os professores pedem na jornada de mobilização

No ato das 11 horas, os professores protestarão contra a tentativa da Seduc de impor a atribuição de aulas no mês de dezembro, desrespeitando o período de recesso e as férias da categoria. Também exigem o envio imediato à Assembleia Legislativa (Alesp) do Projeto de Lei Complementar (PLC) com o reajuste de 1,27%, que deve se somar aos 5% já sancionados — totalizando 6,27%.

O salário base da categoria no estado é de R$ 4.580. Para atingir o Piso Salarial Profissional Nacional, esse valor precisa ser reajustado para R$ 4.867, com os 6,27% prometidos. No entanto, até agora, o governador não enviou o projeto à Alesp.

“O governo Tarcísio insiste em ignorar o magistério e desrespeita os professores ao tentar impor medidas sem diálogo e sem garantir os direitos da categoria”, alerta a deputada estadual Professora Bebel (PT-SP), que também é segunda presidenta da Apeoesp.

“A atribuição de aulas em dezembro desorganiza a vida dos professores e nega o direito às férias. É um desrespeito. Exigimos critérios justos, baseados no tempo de serviço e na formação acadêmica, com atribuição feita a partir de uma lista única de classificação, sem segmentações por vínculo funcional”, reforça Bebel.

A Apeoesp defende que o processo seja feito presencialmente, no final de janeiro, de forma justa, organizada e transparente. A substituição por modelos digitais improvisados tem causado exclusões e insegurança.
Outras reivindicações que seguem na pauta são: valorização da carreira docente, climatização das salas de aula, alimentação para professores nas escolas, e a convocação imediata de 44 mil aprovados em concurso público, conforme decisão judicial.

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Manifestação do dia 27 terá como pautas a defesa dos serviços públicos e o combate às privatizações. Foto: Apeoesp

A deputada também critica o fato de que a Mesa de Valorização Docente, conquista da mobilização da categoria, ainda não foi instalada pelo governo.

Outro ponto de protesto é a Resolução SEDUC 83/2025, que estabelece uma avaliação de desempenho punitiva e subjetiva, com critérios frágeis e possibilidade de retaliação por parte de estudantes, gestores e colegas. “A avaliação não valoriza o trabalho docente. Apenas pune e desestabiliza. É um instrumento de assédio institucional. O que o governo quer é controle e precarização, não melhoria da educação”, denuncia a deputada Bebel.

Às 15 horas, os professores se unem às demais categorias no Ato Unificado do Funcionalismo, com pautas centrais como a defesa dos serviços públicos e o combate às privatizações.

“Nossa luta é por dignidade, condições de trabalho e respeito à educação pública e aos serviços públicos. O dia 27 será de unidade e resistência”, conclui Bebel.

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