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Queremos proposta com aumento real de salários!

Para a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Neiva Ribeiro, é paradoxal o setor financeiro ter lucros tão exorbitantes e não apresentarem propostas de aumento real aos trabalhadores.
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Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

Chegamos à penúltima semana do mês de agosto. Já aconteceram sete rodadas de negociação com os banqueiros, iniciadas no final de junho. Até o momento, porém, não recebemos respostas concretas. Não foi apresentado retorno para a principal reivindicação da categoria, ou seja, um indicador de reajuste que permita aumento real de salário dos bancários, bem como aumento da PLR e dos vales alimentação e refeição.

As condições do setor bancário foram postas. O setor financeiro é altamente lucrativo e com rentabilidade acima de diversos setores, que, inclusive, já negociaram durante o ano com resultados acima da inflação. Entre 2003 e 2023, o lucro líquido dos maiores bancos no Brasil cresceu 169% acima da inflação. Para 2024, há sinalização de melhora nos resultados.

A temporada de divulgação de resultados para o primeiro semestre começou. Juntos, os quatro maiores bancos lucraram R$ 53,9 bilhões, alta de 13% em relação ao mesmo período de 2023. O lucro recorde, para alguns bancos, tem sido destaque nas mídias. Os próprios bancos fazem questão de ressaltar o excelente resultado. Destacam ainda a melhoria no cenário de crédito. Sendo assim, sinalizam que o ótimo desempenho seguirá.

De um lado, números consistentes para os banqueiros. Do outro lado, falta de respostas justas para os bancários. Exigimos respostas à nossa pauta reivindicatória com avanços em temas como neurodivergentes, PCDs, fim da terceirização e de metas abusivas; combate ao assédio moral, sexual e outras violências no trabalho. Também reivindicamos um programa para inclusão de mais mulheres na área de TI e uma cláusula de defesa dos direitos das pessoas trans. Sobre a importância da saúde com ampliação do teletrabalho, direito à desconexão e semana de 4 dias. Há sinalização de avanços em algumas temáticas como igualdade de oportunidades, porém é fundamental o todo.

Nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) é ampla e há mais de três décadas tem garantido direitos à toda categoria. A trajetória de conquista é uma trajetória marcada por muita luta. Valorizamos a negociação coletiva e esperamos definições em mesa, fortalecendo este espaço que tanto prezamos. Permanecemos, contudo, mobilizadas e mobilizados. Diversos atos e paralisações estão ocorrendo em todo o país. Mobilizadas e moblizados, juntas e juntos por valorização.

#JuntosPorValorização

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