O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou e deu posse, na manhã desta segunda-feira (5), à Márcia Lopes, assistente social e ex-ministra do Desenvolvimento Social no segundo mandato de Lula, para o cargo de ministra das Mulheres. Até então, a pasta era chefiada por Cida Gonçalves, cuja exoneração deve ser publicada hoje em edição extra do Diário Oficial da União juntamente com a nomeação da nova ministra. Saiba mais em TVT News.
Na sexta-feira (2), o presidente Lula comunicou à ministra das Mulheres, Cida Gonçalves (PT), que ela deixaria o cargo nos próximos dias. A mudança de comando do Ministério das Mulheres é esperada desde o começo do ano, quando Lula iniciou a reforma ministerial – a troca na pasta é a sexta a ocorrer no alto escalão do governo desde o começo de 2025.
A gestão de Cida acumula críticas internas e desgastes políticos. Em fevereiro, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República (CEP) arquivou um processo que acusava a ex-ministra de ter cometido assédio moral.

Márcia Lopes, filiada ao PT desde 1982, vai à Brasília nesta segunda-feira (5) para assinar o termo de posse da pasta das Mulheres. A nova ministra foi secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Social na gestão do ex-ministro Patrus Ananias e assumiu a pasta em 2010.
A assistente social é irmã de Gilberto Carvalho, que foi chefe de gabinete de Lula em seus dois mandatos e é secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho. Laura Capriglione, comentarista do Jornal TVT News Primeira Edição avalia que Caravalho é “um grande quadro político do PT, que faz a ponte com os movimentos sociais. A Márcia vem de uma família que tem uma compreensão da realidade social do Brasil muito grande”.
Troca no Ministério das Mulheres faz parte de reforma ministerial
Desde o começo do ano, Lula trocou os ministros de cinco pastas, além do Ministério das Mulheres. Na sexta-feira (2), o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão após o escândalo de fraude no INSS. Wolney Queiroz, o número 2 de Lupi, assumiu a chefia da pasta.
Em janeiro, Paulo Pimenta (PT) foi substituído por Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicasão Social da Presidência (Secom). Em fevereiro, foi a vez de Nísia Trindade sair do Ministério da Saúde em prol de Alexandre Padilha, que ocupava a Secretaria de Relações Institucionais e abriu caminho para Gleisi Hoffmann assumir a pasta.
Em abril, Juscelino Filho (União) saiu do cargo após denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) de desvio de emendas parlamentares. Frederico Siqueira Filho entrou em seu lugar. A reforma ministerial deve continuar para acomodar o PSD.