No dia 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos atacaram o Japão com a primeira bomba nuclear da história em Hiroshima. Três dias depois, outra bomba foi lançada em Nagasaki. Pelo menos 214 mil pessoas morreram nas duas cidades. Entenda o contexto histórico do lançamento da bomba em Hiroshima na TVT News.
80 anos da bomba de Hiroshima, o que é importante lembrar
- Data histórica: 6 de agosto de 1945 marcou o lançamento da primeira bomba atômica em combate, sobre Hiroshima, no Japão.
- Consequências imediatas: destruição quase total da cidade e cerca de 140 mil mortes até o final de 1945.
- Efeitos duradouros: doenças provocadas pela radiação afetaram sobreviventes por décadas.
- Impacto na guerra: ataque foi seguido pelo bombardeio de Nagasaki e pela rendição do Japão, encerrando a Segunda Guerra Mundial no Pacífico.
- Símbolo de paz: Hiroshima se reconstruiu e hoje abriga o Parque e o Museu Memorial da Paz.
- 80 anos depois: homenagens em 2025 incluem depoimentos de sobreviventes, eventos educativos e debates sobre desarmamento nuclear.
O que foi a bomba de Hiroshima
O explosivo chamado de “Little Boy” foi desenvolvido pelos EUA com apoio do Reino Unido e do Canadá por meio do Projeto Manhattan.
Em agosto de 1945, a Alemanha nazista já havia sido derrotado pela União Soviética, Hitler se suicidado em abril e em maio se rendeu para os Aliados. Mas a Guerra do Pacífico continuava contra o Japão nos territórios asiáticos.
O Japão já lidava com fortes problemas internos relacionados a continuidade da guerra, como a fome e o aumento das mortes na linha de frente, porém seguia resistindo as forças dos Aliados.
O Japão não era o único a sofrer, o mundo já não suportava a continuidade da guerra. Movimentos civis explodiam em todo o mundo para que o conflito se encerrar e salvar as populações que estavam sendo oprimidas. A Europa estava devastada e os estadunidenses não queriam mais continuar na linha de frente.
Desejando logo por um ponto final ao conflito, os EUA tomaram a atitude que mudaria o curso da história e estabeleceria uma nova ordem mundial. O Projeto Manhattan tinha acabado de conseguir efeitos satisfatórios nos testes finais das bombas, o que foi suficiente para iniciar o planejamento de onde e quando lançar os explosivos.
A ideia de salvar as pessoas e essa ser a última guerra da humanidade era um sonho utópico que nunca esteve no tabuleiro do jogo. A disputa era por influência política, cultural e social. A disputa era imperialista e os EUA queria ser o novo ditador das regras.

Para isso, era necessário reduzir a influência dos outros países da antiga ordem mundial, acabar com a guerra o mais rápido possível e demonstrar força. A maior bomba do mundo era a resposta para esse desejo, os explosivos seriam capazes de mostrar potência e criar a imagem de inabaláveis. Os lançamentos foram autorizados e Hiroshima seria a primeira vítima.
A bomba nuclear de urânio foi colocada em um avião militar de grande porte. A aeronave pousou nas Ilhas Marianas e esperou até a liberação para voar até a cidade de Hiroshima, no Japão.
A notícia imediatamente percorreu o mundo. Aos poucos as imagens começaram a aparecer na televisão e o choque tomou conta da humanidade que já estava devastada com os horrores recém descobertos do Holocausto.
Consequências da bomba de Hiroshima
Estima-se que 70 mil pessoas tenham morrido imediatamente com a queda da “Little Boy”. Cerca de 20 minutos depois, a chuva negra radioativa começou a cair na região e 70 mil morreram nos meses subsequentes por decorrência da radiação e ferimentos graves.
Outras pessoas sobreviveram por anos, mas apresentaram doenças relacionadas à radiação da bomba que ainda impregnava a região até 1995 — ano em que os níveis de radiação voltaram para os mesmos antes da guerra.
Três dias depois, outra bomba foi lançada e o mesmo terror assolou o Japão mais uma vez. O país asiático se rendeu em setembro e a Segunda Guerra Mundial no pacífico foi oficialmente terminada.
Em 2025, o Japão faz eventos em memória das vítimas e sobreviventes afirmaram que irão fazer manifestações contra a regra que obriga as pessoas a comprovar localização em Hiroshima para receber assistência médica gratuita.

O problema apontado é que extremamente complexo comprovar que estava no local do ataque no dia e horário da explosão, isso porque parte da região foi totalmente destruída.
Os manifestantes querem que o limite de área seja abolido e todas as pessoas nascidas e residentes das cidades afetadas sejam beneficiadas com o acesso à saúde de qualidade.
FAQ – 80 anos de Hiroshima
O que aconteceu em Hiroshima em 6 de agosto de 1945? |
Em 6 de agosto de 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos lançaram uma bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroshima. A explosão destruiu grande parte da cidade e provocou milhares de mortes imediatas, além de impactos duradouros na saúde da população e no meio ambiente. |
Quantas pessoas morreram com a bomba de Hiroshima? |
Estima-se que cerca de 140 mil pessoas tenham morrido até o final de 1945 devido à explosão, queimaduras e doenças causadas pela radiação. Muitas vítimas morreram nos dias e meses seguintes por ferimentos e efeitos radioativos. |
Qual foi o impacto da bomba de Hiroshima na Segunda Guerra Mundial? |
O ataque a Hiroshima, seguido pelo bombardeio de Nagasaki três dias depois, contribuiu para a rendição do Japão em 15 de agosto de 1945, encerrando oficialmente a Segunda Guerra Mundial no Pacífico. No entanto, o uso de armas nucleares gerou intenso debate ético e político que persiste até hoje. |
Como Hiroshima se recuperou após a bomba atômica? |
Após a destruição quase total, Hiroshima passou por um longo processo de reconstrução. A cidade se tornou um símbolo mundial da paz e do desarmamento nuclear, abrigando o Museu e o Parque Memorial da Paz, que preservam a memória das vítimas e alertam sobre os riscos da guerra nuclear. |
Qual a importância de lembrar os 80 anos da Bomba de Hiroshima? |
A lembrança dos 80 anos da Bomba de Hiroshima reforça a necessidade de promover a paz e impedir o uso de armas nucleares no futuro. O marco histórico serve para educar novas gerações sobre os horrores da guerra e a importância de tratados internacionais de desarmamento. |