Renato Janine? Weintraub? Google erra quem é o ministro da Educação

Ao questionar quem seria o ministro da Educação do Brasil, a Google aponta resultados diferentes. Nenhum o correto
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Desde o início do governo Lula, em janeiro de 2023, o ministro da Educação é Camilo Santana. Foto: Ricardo Stuckert

Uma pesquisa rápida no mecanismo de busca do Google, ferramenta mais usada do planeta para esta finalidade, revela a fragilidade de seus algorítimos e a dificuldade da tecnologia para ser assertiva em relação à verdade. Ao questionar quem seria o ministro da Educação do Brasil, a gigante do Vale do Silício aponta resultados diferentes. Nenhum o correto.

Desde o início do governo Lula, em janeiro de 2023, o ministro é Camilo Santana. Contudo, o retorno das buscas mostram Renato Janine Ribeiro, que foi ministro em 2015, durante o governo Dilma Rousseff (PT). A situação ainda piora. Para outros usuários, a plataforma mostra Abraham Weintraub, ex-ministro da pasta durante o governo de extrema direita de Jair Bolsonaro de 2019 a 2020.

A foto está correta, o nome não. Camilo Santana é atual ministro da Educação. Foto: Reprodução

Camilo Santana, verdadeiro ministro da Educação

Camilo Santana ocupa cargo Ministro da Educação desde janeiro de 2023 no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Antes disso, Santana foi governador do estado do Ceará por dois mandatos consecutivos, de 2015 a 2022. Durante sua gestão no Ceará, destacou-se pelo foco em melhorias na educação, saúde e segurança pública, além de implementar políticas voltadas para o desenvolvimento econômico e social.

Santana é filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) e iniciou sua carreira política como deputado estadual do Ceará, antes de se tornar secretário de educação do estado. Sua trajetória política também inclui sua atuação como prefeito de Barbalha, cidade cearense, o que ajudou a consolidar sua base política no estado. Durante seu tempo como governador, seu governo foi reconhecido nacionalmente por sua ênfase na educação, com projetos como a ampliação do ensino integral e a criação de escolas de tempo integral.

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Pensador e professor brasileiro, seria bom nome e já foi ministro. Contudo, não é atual titular da pasta da Educação. Foto: Reprodução

Renato Janine Ribeiro

Renato Janine Ribeiro é um filósofo e professor brasileiro, reconhecido por sua atuação acadêmica e passagem pelo Ministério da Educação. Foi ministro da Educação de abril a outubro de 2015, durante o governo da presidente Dilma Rousseff. Em sua gestão, destacou-se por defender a valorização da ciência, do ensino superior e das políticas públicas voltadas para a inclusão social e a democratização do acesso à educação.

Janine Ribeiro é professor titular de ética e filosofia política na Universidade de São Paulo (USP) e possui uma vasta produção acadêmica, com obras que abordam temas como ética, democracia e cidadania. Antes de sua atuação como ministro, ocupou cargos relevantes na área da educação e cultura, sempre promovendo o debate sobre a importância da formação cidadã e o papel da educação na transformação social.

Atualmente, Renato Janine Ribeiro é presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), organização que atua na promoção da ciência, tecnologia e inovação no Brasil. Em sua liderança, tem enfatizado a defesa do financiamento público para pesquisa científica e o fortalecimento das políticas de educação e ciência como pilares do desenvolvimento nacional.

Weintraub, o bolsonarista

Abraham Weintraub é um economista e professor brasileiro que ocupou o cargo de Ministro da Educação entre abril de 2019 e junho de 2020, durante o governo do presidente Jair Bolsonaro. Sua gestão foi marcada por embates frequentes com diversos setores da sociedade, incluindo a academia, movimentos estudantis e parlamentares.

Weintraub chegou ao Ministério da Educação sem experiência prévia significativa na área, tendo construído sua carreira no setor financeiro antes de ingressar no governo. Durante seu período no cargo, enfrentou críticas devido a cortes e contingenciamentos no orçamento das universidades públicas, além de conflitos com reitores e representantes do ensino superior. Sua gestão também foi marcada por atrasos na execução de programas educacionais e pela falta de diálogo com entidades do setor.

Entre os episódios mais controversos, destacam-se declarações consideradas ofensivas ou inadequadas, como acusações infundadas de “balbúrdia” em universidades federais e comentários que geraram tensões diplomáticas com a China. Weintraub também foi criticado por uma condução ideológica na pasta, priorizando pautas alinhadas ao conservadorismo cultural em detrimento de políticas educacionais estruturantes.

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