Autópsia revela que Juliana Marins pode ter morrido até 15 minutos após ferimentos da queda

Laudo feito pelo IML do Rio de Janeiro não descarta mais uma queda antes do óbito
resgate-brasileira-indonesia-suspenso-novamente-a-publicitaria-juliana-marian-de-26-anos-foto-instagram-tvt-news
A publicitária Juliana Marins, de 26 anos. Foto: Instagram

A segunda autópsia realizada no Brasil no corpo da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, que morreu após uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, confirmou hemorragia interna resultante de múltiplas lesões traumáticas e politraumatismo como a causa da morte. As lesões são compatíveis com um impacto de alta energia cinética decorrente de queda de altura, segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro. Entenda na TVT News.

A necropsia, solicitada judicialmente pela família, contou com a participação de um perito particular e revelou fraturas graves na pelve, tórax e crânio. O laudo também não descartou a possibilidade de mais de uma queda, já que as múltiplas lesões encontradas reforçam a hipótese de mais de um episódio traumático antes do óbito da jovem.

A sobrevida estimada após os ferimentos mais graves foi de 10 a 15 minutos. Apesar da letalidade dos ferimentos em curto prazo, os peritos não descartam um período de agonia física e psíquica, com intenso estresse endócrino, metabólico e imunológico, antes da morte efetiva. Também foram encontradas lesões musculares e ressecamento nos olhos.

O embalsamento realizado na Indonésia e o estado de conservação do corpo comprometeram análises mais precisas, como a determinação exata da hora da morte ou a avaliação de sinais de desidratação, violência sexual ou hipotermia. Não foram encontrados sinais de violência física anterior à queda, e não foi possível determinar se a ausência de atendimento imediato foi um fator determinante para a morte.

Juliana Marins sofreu o acidente por volta das 6h da manhã (horário local) de 21 de junho, enquanto fazia uma trilha no Monte Rinjani, conhecido por seu terreno instável. Ela foi avistada sentada e com movimentos em imagens capturadas por drones de turistas horas após a queda inicial. A jovem foi localizada, já imóvel, por socorristas via drone em 23 de junho e declarada morta em 24 de junho. O resgate do corpo só foi concluído em 25 de junho, quatro dias após o acidente, devido ao mau tempo e ao terreno acidentado.

Informações sobre sua localização indicam um deslocamento progressivo e em queda: inicialmente a 200 metros da trilha, depois a 400 metros, até o momento do resgate, quando o corpo foi finalmente retirado de uma profundidade entre 500 e 600 metros. Essa progressão, juntamente com as múltiplas lesões, sugere que Juliana pode ter sofrido mais de uma queda.

Coletiva com a família de Juliana Marins

A família de Juliana Marins dará uma coletiva de imprensa na Defensoria Pública da União (DPU), no Rio de Janeiro, na próxima sexta-feira (11), às 13h. Os familiares apresentarão detalhes sobre o novo laudo pericial brasileiro e suas próximas ações, como a possível ação judicial contra as autoridades da Indonésia.

Leia mais notícias na TVT News

Assuntos Relacionados