Soberania, democracia e direitos para os trabalhadores

Haverá atos em defesa do Banco do Brasil em 27 de agosto e vamos às ruas em 7 de setembro em defesa da soberania nacional
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A categoria bos bancários seguirá na linha de frente da luta pela defesa dos empregos, dos direitos, dos bancos públicos, da democracia e da soberania nacional. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Por Neiva Ribeiro

Artigo da Presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região para a TVT News

O futuro que queremos: soberania, democracia e direitos para os trabalhadores

Encerramos neste domingo, 24 de agosto, a 27ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada em São Paulo, com uma convicção renovada: nossa categoria seguirá na linha de frente da luta pela defesa dos empregos, dos direitos, dos bancos públicos, da democracia e da soberania nacional.

Foram três dias intensos de debates, com 629 delegados e delegadas de todo o país, que se dedicaram a refletir sobre o presente e a projetar o futuro. Um futuro que queremos justo, soberano, sustentável, inclusivo e democrático.

Discutimos de forma profunda as condições de trabalho, os impactos da inteligência artificial no setor financeiro e, principalmente, a conjuntura nacional e internacional que desafia os trabalhadores e o povo brasileiro. Ameaças à soberania, vindas dos Estados Unidos e amplificadas pela ultradireita brasileira, exigem de nós firmeza e unidade. Não aceitaremos retrocessos e enfrentaremos, com coragem, o avanço do fascismo e de seus representantes no Brasil.

Nosso compromisso é com a construção de um país mais justo. Isso passa pela defesa de propostas que aliviem o peso sobre a classe trabalhadora, como a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, e pela taxação de grandes fortunas, lucros e dividendos, para que os super-ricos paguem mais e o povo pague menos. É por isso que reafirmamos apoio às iniciativas do governo Lula voltadas para a justiça tributária e para a correção da tabela do IR.

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63% concordam em aumentar impostos dos mais ricos para reduzir dos mais pobres. Foto: Ricardo Stuckert/PR

A Conferência também reafirmou a centralidade da luta pela redução da jornada de trabalho e pelo fim da escala 6×1, bandeiras históricas que significam mais saúde, qualidade de vida e tempo livre para a classe trabalhadora. Da mesma forma, seguimos firmes na defesa da regulamentação das redes sociais, espaço que hoje tem sido usado para disseminar mentiras, discurso de ódio e ataques às instituições democráticas. O que é crime no mundo real deve ser crime também no mundo digital.

Outro ponto fundamental foi a defesa dos bancos e empresas públicas. Caixa e Banco do Brasil cumprem papel estratégico para o desenvolvimento econômico e a inclusão social, e não aceitaremos ataques que visam enfraquecer ou destruir essas instituições.

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Caixa e Banco do Brasil cumprem papel estratégico para o desenvolvimento econômico e a inclusão social. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Nas últimas semanas, o Banco do Brasil se tornou alvo de ataques políticos e de desinformação que expõem uma tentativa não apenas de desestabilizar o mercado financeiro, mas também de fragilizar instituições fundamentais do Estado brasileiro. A quem interessa, portanto, minar a confiança em um patrimônio público estratégico? E nesse sentido aprovamos a realização de atos nacionais em defesa do Banco do Brasil no próximo 27 de agosto.

E nesse sentido aprovamos a realização de atos nacionais em defesa do Banco do Brasil no próximo 27 de agosto.

Definimos também reforçar a luta pela regulação do sistema financeiro nacional, contra as taxas de juros abusivas e tarifas exorbitantes cobradas pelos bancos, bem como contra as assimetrias regulatórias entre bancos e fintechs, que fragilizam direitos e deixam trabalhadores e clientes mais vulneráveis.

7 de setembro: nas ruas em defesa da soberania e democracia

Saímos da Conferência ainda mais determinados a mobilizar a categoria e a sociedade. Vamos ocupar as ruas no 7 de setembro em defesa da democracia e da soberania nacional. Vamos enfrentar as tentativas de golpe e reafirmar: não haverá anistia para os que atentaram contra o povo e contra o Brasil.

Ao relembrarmos os 40 anos da histórica greve de 1985, que conquistou a jornada de seis horas e fortaleceu a unidade nacional da categoria, renovamos a certeza de que só a luta coletiva é capaz de garantir avanços. O futuro que queremos se constrói com coragem, solidariedade e unidade.

Sobre a autora

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Neiva Ribeiro, presidente do Sindicato dos Bancários

Neiva Ribeiro é a atual presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região. É formada em Letras pela Universidade Guarulhos, pós-graduada em Gestão Pública pela Fesp-SP, e em Gestão Universitária pela Unisal. É funcionária do Bradesco desde 1989. Ingressou na direção do Sindicato em 2000.

Foi diretora-geral da Faculdade 28 de Agosto de Ensino e Pesquisa, secretária de Formação e secretária-geral da entidade. 

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