SP: Movimento negro denuncia Tarcísio na OEA pelo aumento da violência policial

Após centenas de casos de violência policial no estado de SP, o movimento negro quer a responsabilização de Tarcísio e Derrite na Organização dos Estados Americanos (OEA)
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Documento será protocolado na Organização dos Estados Americanos pedindo a responsabilização do governador. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Em São Paulo (SP), movimentos negros, grupos de familiares e mães das vítimas da violência policial e organizações da sociedade civil protocolam nesta sexta-feira, 20 de dezembro de 2024, junto à Organização dos Estados Americanos (OEA), um documento que denuncia e responsabiliza o governador Tarcísio Freitas, e o secretário da segurança pública, Guilherme Derrite, pelo recrudescimento da violência policial no estado. 

Nas últimas semanas, SP viveu uma onda de denúncias contra as violentas ações policiais ocorridas recentemente, como o caso do homem que foi arremessado de uma ponte na capital paulista por um policial militar; a execução do jovem Gabriel Renan por um PM em uma loja de conveniência na zona sul de São Paulo; o assassinato de Ryan da Silva Andrade de Silva, de 4 anos, e Gregory Vasconcelos, de 17 anos, em uma operação policial na baixada santista; o caso do menino Ryan Gabriel dos Santos, de 10 anos, que foi atingido por disparos de arma de fogo durante uma abordagem na zona sul de SP e tantos outras perdas de jovens negros e periféricos. 

Leia também: Corte Interamericana de Direitos Humanos condena violência policial de 1990

No início de dezembro, movimentos negros como UNEafro Brasil, MNU, Instituto de Referência Negra Peregum, Geledes – Instituto da Mulher Negra, Associação Amparar – Amigos e Familiares de presas e presos, Casa Sueli Carneiro, Iniciativa Negra Por Uma Nova Política de Drogas, Rede de Proteção Contra o Genocídio, entre outras organizações, se reuniram e decidiram construir um espaço de ação unificada que visa fortalecer a resistência à violência policial no estado de SP e a consequente responsabilização do governador e de seu secretário.

O documento pede também à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) o acompanhamento dos casos e recomendações oficiais ao estado brasileiro para agir pela diminuição da violência policial em todo país. 

O texto que será protocolado reúne mais de 60 assinaturas de diversos movimentos negros, organizações sociais, coletivos, grupos periféricos e de defesa dos direitos humanos. Os representantes dos movimentos serão recebidos numa audiência online por Ivan Marques, Secretário de Segurança Multidimensional da OEA.

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