O governador carioca bolsonarista de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vai aumentar as tarifas de pedágio nas rodovias estaduais em média 5,31% a partir da próxima terça-feira (1º). Entenda na TVT News.
O reajuste, autorizado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e publicado no Diário Oficial na última terça-feira (24), vale para todas as rodovias concedidas à iniciativa privada, com exceção da Entrevias, que aplicará o aumento a partir de 6 de julho.
No sistema Anchieta-Imigrantes, da concessionária Ecovias, o valor do pedágio vai dos atuais R$ 36,80 para R$ 38,70 para veículos de passeio que saírem da capital.
A correção foi calculada com base na inflação medida pelo IPCA entre junho de 2024 e maio de 2025. A medida atinge diretamente usuários de importantes vias como a Anhanguera-Bandeirantes (Autoban), Rodovia dos Imigrantes (Ecovias), Rodovia dos Tamoios, Rodoanel Oeste, entre outras. Ao todo, 14 concessionárias terão os preços reajustados.
Além do aumento das tarifas, o governo estadual, sob a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), prevê a privatização de mais 533 quilômetros de estradas na região do Circuito das Águas Paulista. O projeto inclui a implantação de mais de 30 novos pedágios, o que, somado a nove praças já em fase de instalação na região de Sorocaba, acende um alerta sobre o impacto econômico para moradores e trabalhadores que dependem dessas vias.
Modelo “free flow”
A proposta do governo envolve ainda a instalação de 37 pórticos de pedágio por trecho, utilizando o modelo “free flow”. Esse sistema faz a cobrança de forma automática, com base na distância percorrida, sem a necessidade de praças físicas. O investimento total é estimado em R$ 10 bilhões, com prazo de concessão de 30 anos.
Embora o governo prometa melhorias na infraestrutura viária, o modelo tem enfrentado duras críticas de autoridades locais e da população. Os principais questionamentos giram em torno da transparência e da dificuldade de pagamento para quem não possui tag eletrônica (como Sem Parar ou ConectCar).
Nesses casos, o motorista deverá acessar sites do governo para quitar a tarifa manualmente. O não pagamento dentro do prazo estipulado pode acarretar multas significativamente superiores ao valor original do pedágio, penalizando sobretudo trabalhadores, comerciantes e estudantes que fazem uso rotineiro dessas rodovias.
O debate sobre o modelo de concessão e a ampliação dos pedágios deve ganhar força nas próximas semanas, especialmente em meio às discussões sobre mobilidade, justiça tarifária e impactos socioeconômicos nas regiões afetadas.