A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) manifestaram apoio ao Plano Brasil Soberano, anunciado nesta quarta-feira (13) pelo governo Lula. O pacote institui medidas econômicas para socorrer as empresas brasileiras prejudicadas pelo tarifaço estadunidense. Saiba mais em TVT News.
Em nota, a Fiesp disse que a medida contra o tarifaço mostra compromisso com a defesa dos setores produtivos nacionais. As medidas de apoio ao setor produtivo, proteção aos trabalhadores e diplomacia comercial “demonstram compromisso com a defesa dos setores produtivos nacionais”, diz a Fiesp.
Segundo a entidade, iniciativas “para preservar empregos, diversificar mercados e assegurar condições justas de comércio internacional são importantes”. O plano contra o tarifaço protege empregos e apoia exportações.
A Abrafrutas classificou o pacote como “avanço” e declarou que as medidas anunciadas estão alinhadas com as demandas da entidade. Em nota, a associação considerou positivas as iniciativas que ampliam o acesso a seguros de crédito à exportação e a possibilidade de compras públicas para absorção da produção afetada, “medida que poderá mitigar parte das perdas imediatas”.
“A abertura de R$ 30 bilhões em linhas de crédito, a prorrogação de prazos no drawback [regime aduaneiro especial], o diferimento de tributos e a concessão de créditos tributários específicos para exportadores estão alinhados com alguns dos pleitos já apresentados pela entidade”, diz a nota da associação.
A entidade ressalvou, no entanto, que o conjunto de ações contra o tarifaço ainda não contempla plenamente a cadeia produtiva da fruticultura.
Plano Brasil Soberano contra tarifaço de Trump
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quarta-feira (13), a Medida Provisória que institui o Plano Brasil Soberano, pacote de medidas econômicas para enfrentar os impactos do aumento unilateral, em até 50%, das tarifas de importação sobre produtos brasileiros anunciado pelo governo dos Estados Unidos no fim de julho.
O presidente afirmou que não existem razões comerciais que justifiquem o tarifaço. “Na questão comercial, é inadmissível alguém dizer que tem déficit com o Brasil, quando nos últimos 15 anos o superávit deles foi de 410 bilhões de dólares, se colocarmos bens e serviços. Não é pouca coisa”, argumentou.
A iniciativa contra o tarifaço, que combina ações de apoio ao setor produtivo, proteção aos trabalhadores e diplomacia comercial, destina R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) para crédito com juros acessíveis, amplia linhas de financiamento, prorroga a suspensão de tributos para empresas exportadoras e eleva o percentual de restituição via Reintegra.
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Leia a nota da Fiesp na íntegra
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) manifesta seu apoio ao plano anunciado pelo governo federal para mitigar os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Medidas para preservar empregos, diversificar mercados e assegurar condições justas de comércio internacional são importantes e demonstram compromisso com a defesa dos setores produtivos nacionais.
A Fiesp continuará contribuindo com propostas e ações que ampliem a resiliência do setor produtivo e promovam o crescimento sustentável da economia brasileira e continuará dialogando com o setor privado norte-americano. Seguirá trabalhando para minimizar os efeitos dessas tarifas em ambos os países e fortalecer a relação comercial histórica que ao longo de décadas têm construído parcerias relevantes para o desenvolvimento econômico e o bem estar de nossas populações.
Leia a nota da Abrafrutas na íntegra
A Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) reconhece que o pacote de medidas anunciado nesta quarta-feira (13) pelo Governo Federal representa um avanço no apoio às empresas exportadoras afetadas pela sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos. A abertura de R$ 30 bilhões em linhas de crédito, a prorrogação de prazos no drawback, o diferimento de tributos e a concessão de créditos tributários específicos para exportadores estão alinhados com alguns dos pleitos já apresentados pela entidade.
Também consideramos positivas as iniciativas que ampliam o acesso a seguros de crédito à exportação e a possibilidade de compras públicas para absorção da produção afetada, medida que poderá mitigar parte das perdas imediatas.
Entretanto, é importante destacar que o conjunto de ações apresentado ainda não contempla plenamente a realidade da cadeia produtiva da fruticultura. O pequeno produtor, que comercializa sua produção para empresas exportadoras, corre o risco de ficar desamparado neste plano de contingenciamento, uma vez que os instrumentos anunciados priorizam diretamente o exportador direto. Sem medidas que cheguem efetivamente à base da produção, há risco de retração nas compras e prejuízo à renda e à permanência desses produtores no campo.
A Abrafrutas reforça que continuará atuando de forma firme e propositiva junto ao Governo Federal e ao Congresso Nacional para que, além de medidas emergenciais de crédito e incentivo, sejam intensificados os esforços diplomáticos para a retirada definitiva da taxação sobre as frutas brasileiras, evitando a perda de competitividade nos mercados internacionais e garantindo a sustentabilidade de toda a cadeia produtiva.
Seguiremos trabalhando para que as soluções alcancem todos os elos do setor, do pequeno ao grande produtor, e para que o Brasil mantenha sua posição de destaque como fornecedor de frutas frescas de qualidade ao mundo.
Com Agência Brasil.