O brasileiro Thiago Ávila desembarcou no Brasil na manhã desta sexta-feira (13), após ser preso em Israel junto com ativistas que estavam a bordo do navio da Flotilha pela Liberdade, que levava ajuda humanitária para Gaza. Enquanto esteve preso, Ávila fez greve de fome e sede e chegou a ser levado para uma cela solitária. Saiba mais em TVT News.
Thiago Ávila faz coletiva de imprensa: “Netanyahu é o inimigo nº 1”
Durante coletiva de imprensa, Thiago Ávila destacou que o sequestro dos voluntários da Flotilha pela Liberdade é um alerta para o governo brasileiro. “O Brasil já deveria ter rompido relações com Israel. Espero que esse acontecimento, que por muita sorte não morreu um brasileiro, seja um alerta para o governo do Brasil. Se não rompermos as relações com essa ideologia odiosa, estamos sendo coniventes. […] os palestinos amam os brasileiros e espero que consigamos honrar isso, sendo um país que não é cúmplice.”
Ávila relembrou o ativismo de Nelson Mandela, principal líder da derrota do Apartheid na África do Sul. “Líderes históricos em momentos de crise como esse, se engrandecem quando têm coragem ou se apequenam quando são omissos. Nelson Mandela não se apequenou e quando derrotou o Apartheid na África do Sul, disse: “Nossa liberdade não será completa enquanto o povo palestino não for livre”. […] Espero que quando o mundo contar essa história, de como o povo palestino ajudou a libertar a humanidade, que possamos dizer que o Brasil foi uma vanguarda e não ficou esperando, hesitando, com medo, no momento decisivo.”
O ativista confirmou que sofreu violações e que se negou a comer comida fornecida por Israel, já que o Estado genocida nega comida para milhares de palestinos. O ativista ressaltou, porém, que a maior violação é a cometida contra o povo palestino. O brasileiro foi recebido no aeroporto de Guarulhos por sua esposa, filha, amigos e manifestantes pró-Palestina.
A TVT News esteve presente na coletiva e deu a notícia do ataque de Israel ao Irã na madrugada de hoje a Thiago. Ele ressaltou que o ataque sempre fez parte dos planos do governo israelense e se concretiza em um momento que o Estado ilegítimo se vê com uma fraca correlação de forças.
“Tudo que Israel tem é o ódio, a violência e a guerra. Essas são as armas que Netanyahu tem para se manter no poder e ele vai fazer isso ao custo de milhões de vidas. Por isso que precisamos deter. Netanyahu é o inimigo número 1 da humanidade e o mundo precisa deter esse regime odioso antes que seja tarde”, concluiu.
Veja a chegada de Thiago Ávila no Brasil

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