Thiago Ávila faz greve de fome em Israel e ativistas são privados de sono

Ele e mais sete se negam a assinar documento que afirmaria que eles entraram ilegalmente em Israel
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O brasileiro Thiago Ávila estava no barco de Greta que levava ajuda humanitária para a Palestina

O brasileiro Thiago Ávila faz greve de fome desde às 4h de segunda-feira (9), quando foi levado pelo exército israelense. Além disso, mais sete ativistas seguem presos por se negarem a assinar um documento confirmando que entraram ilegalmente em Israel. Entenda na TVT News.

Ativistas da Flotilha da Liberdade sofrem em Israel

Oito dos 12 ativistas da Flotilha da Liberdade seguem presos em Israel, são eles: Suayb Ordu, da Turquia; Mark van Rennes, dos Países Baixos; Pascal Maurieras, da França; Reva Viard, da França; Rima Hassan, da França; Thiago Ávila, do Brasil; Yanis Mhamdi, da França; Yasemin Acar, da Alemanha; e Omar Faiad, da França.

Segundo o perfil da Flotilha da Liberdade no Instagram, os ativistas foram ameaçados a assinar um documento que os obrigada a admitir uma suposta “entrada ilegal no território israelita”.

A deputada do parlamento europeu Rima Hassan foi ameaçada e o soldado disse: “Eu esmago a sua cabeça contra a parede se não assinar [o documento]. Vamos lidar com isto à nossa maneira”, segundo informações da Flotilha da Liberdade no Instagram.

Entretanto, parte do grupo se negou a assinar o papel, alegando terem sido sequestrados enquanto estavam em águas internacionais e levados para Israel contra sua vontade. Os ativistas rumavam para a Faixa de Gaza, na Palestina.

Por terem se negado a assinar o documento, o governo de Israel marcou uma audiência que aconteceu na terça-feira (10) para que o juiz determinasse a deportação.

De acordo com a Lei de Entrada em Israel, indivíduos que receberam ordens de deportação são mantidos detidos por 72 horas antes de serem removidos à força, a menos que concordem em sair antes.

Neste momento, eles estão em celas separadas e sem informações um dos outros. De acordo com a equipe da Flotilha da Liberdade, os oito ativistas estão em condições insalubres na cela sob custódia do Serviço de Imigração e População (IPS).

O local tem infestação de percevejos e o acesso a água é apenas por uma torneira que não tem água potável.

O brasileiro Thiago Ávila informou durante a audiência que está em greve de fome e de água desde às 4h da manhã de segunda-feira (9).

Devido a decisão de Thiago Ávila, o deputado Glauber Braga se pronunciou em apoio — o deputado também tomou a decisão de greve de fome como forma de manifestar sua contrariedade em relação a cassação do próprio mandato.

Durante a interceptação, ativistas foram proibidos de dormir enquanto soltados gritavam o nome de Greta Thunberg, dizendo que ela não podia dormir.

Flotilha da Liberdade foi atacada

Nas primeiras horas de segunda-feira (9), no horário local, o Exército de Israel interceptou o barco de Greta Thunberg em que o brasileiro Thiago Ávila e mais 10 ativistas estavam levando ajuda humanitária para Gaza. Veja em TVT News.

Os ativistas a bordo do navio da Flotilha da Liberdade relataram terem sido atacados por drones com uma substância química branca e irritante à pele minutos antes de serem interceptados pelas Forças de Defesa Israelense. O ataque ocorreu quando tentavam chegar até Faixa de Gaza. A comunicação com o navio foi totalmente interrompida.

Em um vídeo divulgado pela Coalização Flotilha da Liberdade, é possível ver a tripulação com coletes salva-vidas e as mãos levantadas para o alto no momento da interceptação. Também é possível ouvir a voz de Thiago Ávila tentando acalmar os colegas.

Os ativistas da Flotilha da Liberdade denunciaram em suas redes sociais que foram sequestrados pelo Exército de Israel. Os vídeos e posts foram programados para serem divulgados caso a embarcação fosse barrada pelo exército israelense. Veja o de Thiago Ávila:

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