A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou tarifa adicional para a China. A medida usada como ameaça pelo presidente estadunidense Donald Trump começa a valer a partir da 00h01min de quarta-feira (9). Saiba mais na TVT News.
Linha cronológica do embate entre Trump e China
Na quarta-feira, dia 2 de abril, o presidente estadunidense anunciou uma política alfandegária para o mundo todo. O país decidiu aplicar impostos individuais a cada país que aplica taxas para os produtos estadunidense. O valor da nova política ficou, em média, de 50% em relação as tarifas aplicadas aos produtos estadunidenses.
Exemplo: Brasil taxa produtos estadunidenses, os EUA, por sua vez, aplicará imposto de pelo menos 50% em relação ao imposto do Brasil.
Os países mundialmente começaram a se articular para definir o que iriam fazer em relação a medida aplicada pelos EUA. Retaliações podem ser anunciadas nos próximos dias.
Na sexta-feira (4), a China se tornou uma das primeiras nações a afirmar que faria retaliação a medida de Trump. O país definiu tarifas de 34% sobre os produtos dos Estados Unidos para serem aplicadas a partir de quinta-feira, dia 10 abril.
Além disso, o governo chinês anunciou restrições para exportação de minerais raros, conhecidos como terras raras, e proibiu a exportação de itens de “dupla utilização”, civil e militar, para 16 empresas estadunidenses, medidas vistas também como retaliação ao tarifaço de Trump.
Na sequência, segunda-feira (9), o presidente Trump anunciou mais uma taxa para a China. A tarifa adicional é de 50% contra aos países chineses. A publicação foi feita no Truth Social, que pertence ao presidente estadunidense. O país asiático teria 24h para revogar a retaliação e entrar em contato com a Casa Branca.
No post, ele reafirmou que qualquer medida de retaliação aos EUA será igualmente confrontado com novos impostos adicionais. Ou seja, países que taxarem os EUA acima das novas taxas alfandegárias anunciadas por Trump na quarta-feira (2), serão punidos com mais taxas.
Pequim disse que não iria ceder as ameaças dos EUA e e prometeu “lutar até o fim”, segundo a agência de notícias Reuters.
Nesta terça-feira (8), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou a aplicação da tarifa extra para a China. A medida deve entrar em vigor a partir desta quarta-feira (9).
E as taxas para os outros países?
Enquanto a guerra é travada entre os Estados Unidos e a China, os outros países ainda estão se preparando para definir o que fazer em relação ao tarifaço.
A Comissão da União Europeia propôs nesta segunda-feira (07) aplicar contra-tarifas de 25% sobre uma série de produtos norte-americanos.
A primeira rodada de contramedidas, prevista para ser adotada em 16 de maio, deverá englobar produtos norte-americanos, como o uísque bourbon.
No entanto, a inclusão desse item ainda é controversa, especialmente após as ameaças do presidente americano de impor tarifas de 200% sobre vinhos e bebidas espirituosas europeias, caso o uísque permaneça na lista.
Outra rodada das taxações já é prevista para 1º de dezembro, destinada a responder aos direitos aduaneiros gerais de 20% sobre outras importações do bloco e a uma taxa fixa de 25% sobre os automóveis.
Os Estados Unidos afirmou que estão abertos para fazer negociação com todos os países. A orientações do presidente republicano é de que faça um pacote específico para as necessidades de cada país.
O que o Brasil vai fazer?
No Brasil, a Câmara dos Deputados e o Senado aprovaram o Projeto de Lei que permite o Brasil revidar taxação dos Estados Unidos. O presidente Lula afirma que “diante da decisão dos Estados Unidos de impor uma sobretaxa aos produtos brasileiros, tomaremos todas as medidas cabíveis para defender as nossas empresas e nossos trabalhadores brasileiros”.
Também nesta segunda-feira (7), o presidente Lula afirmou que o Brasil tem capacidade de enfrentar as variações econômicas oriundas do tarifaço.
“Nós pagamos a dívida externa brasileira. Nós, pela primeira vez, fizemos uma reserva [internacional] de US$ 370 bilhões, o que segura este país contra qualquer crise. Mesmo o presidente Trump falando o que ele quer falar, o Brasil está seguro porque temos um colchão de US$ 350 bilhões, que dá ao Brasil e ao ministro da [Fazenda] Fernando Haddad uma certa tranquilidade”, disse Lula, em evento promovido pela empresa de comércio eletrônico Mercado Livre.

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