Trump proíbe mulheres trans de competir em categorias femininas

Ordem executiva de Trump determina que mulheres trans não podem competir em categorias femininas no esporte profissional, escolar ou amador
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Medida vale para competições escolares e amadoras. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Nesta quarta-feira (5), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que proíbe mulheres trans de competirem em categorias femininas. A medida vale para todos os tipos de torneios nacionais, desde o alto rendimento até para jogos juvenis e amadores.

A nova ordem executiva faz parte de um pacote de regras sancionadas pelo republicano desde sua posse no dia 20 de janeiro — leia mais aqui na TVT News. O ataque às pessoas que mudaram de gênero é a consolidação de uma das promessas de campanha do republicano, que tinha como um dos lemas: “Manter os homens fora das competições femininas”.

No início do mandato, republicano restringiu as definições de gênero oficial no país para considerar apenas o sexo biológio — “masculino” e “feminino” definidos no nascimento. Essa primeira regra afetou documentos oficiais, passaportes e políticas de designação de prisões federais.

A Casa Branca também está convocando órgãos esportivos privados como a Associação Atlética Universitária Nacional (NCAA) e a Associação Nacional de Basquetebol Feminino WNBA para conversar sobre o tema — o governo republicano busca relatos negativos em relação à inserção de pessoas trans no esporte feminino.

Segundo o jornal estadunidense ABC News, a ordem escreve: “A Ordem Executiva pede a convocação de órgãos esportivos privados na Casa Branca para ouvir, pessoalmente, as histórias de atletas femininas que sofrem lesões ao longo da vida, que foram silenciadas e forçadas a tomar banho com homens e cujo trabalho duro foi deixado de lado devido à vantagem biológica dos homens”.

Pessoas trans, Trump e o Comitê Olímpico Internacional

O Comitê Olímpico Internacional (COI) definiu, em 2021, que os critérios relacionados aos atletas transgêneros e intersexuais seriam de responsabilidade das federações. De acordo com o ABC News, a nova ordem executiva tem como objetivo pressionar o COI para adotar medidas similares em nível internacional.

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