Nos últimos meses, o cinema brasileiro está vivendo um período expressivo de reconhecimentos ao redor do mundo, conquistando uma série de prêmios históricos. Com vitórias que vão do Globo de Ouro ao prestigiado Festival de Cannes, a produção nacional demonstra força, diversidade e o resultado de investimentos consistentes no setor. Desta vez, os premiados foram O Último Azul e A Melhor Mãe do Mundo. Saiba mais na TVT News.
A mais recente celebração do cinema brasileiro ocorreu no 40º Festival Internacional de Cinema de Guadalajara, no México, encerrado em 14 de junho. O grande vencedor foi O Último Azul, dirigido por Gabriel Mascaro, que levou o prêmio de Melhor Longa Ibero-americano de Ficção. A atuação de Denise Weinberg no filme também foi reconhecida com o prêmio de Melhor Atriz no festival mexicano. A obra de Mascaro já havia recebido o cobiçado Urso de Prata no Festival de Berlim de 2025, com uma trajetória internacional inclui exibições em outros 13 festivais ao redor do mundo. O Último Azul será o filme de abertura do 53º Festival de Cinema de Gramado, em 15 de agosto.
Na mesma mostra, A Melhor Mãe do Mundo, de Anna Muylaert, levou os prêmios de Melhor Roteiro, Melhor Fotografia e Melhor Interpretação para Shirley Cruz. O longa também venceu no Cine PE Festival Audiovisual 2025, em Recife, nas categorias de Melhor Longa-Metragem, Melhor Roteiro, Melhor Atriz para Shirley Cruz e Melhor Atriz Coadjuvante para Rejane Farias.
Para Joelma Gonzaga, secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura (MinC), as conquistas validam o talento nacional. “Esses prêmios não são apenas para os filmes, mas para todo o setor. É a prova de que nossas histórias, imagens e vozes seguem reverberando mundo afora com força e autenticidade”, afirma.
O Último Azul
Num Brasil distópico, Tereza (Denise Weinberg) é uma mulher de 77 anos que mora numa cidade industrializada na Amazônia. Quando recebe um chamado do governo para abandonar sua casa e residir numa colônia habitacional para idosos, Tereza deseja realizar seu último desejo antes de ser compulsoriamente expulsa de seu lar e enviada para longe. Ela, então, embarca numa viagem pelos rios e afluentes da região, sem imaginar que essa viagem mudará o rumo de sua vida para sempre.
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A Melhor Mãe do Mundo
O filme acompanha uma catadora de recicláveis chamada Gal (Shirley Cruz) que decide fugir dos abusos do marido Leandro (Seu Jorge) após tentar denunciá-lo e ser ignorada pela polícia. Focada em proteger seus filhos, a mulher abandona a casa, coloca suas duas crianças pequenas, Rihanna e Benin, na carroça e as leva numa jornada pela cidade de São Paulo. Tentando garantir a inocência dos filhos, Gal os faz acreditar que estão vivendo uma grande aventura, mesmo diante de inúmeros sacrifícios e perigos da rua. A Melhor Mãe do Mundo conta a história de resiliência, coragem e amor de uma mãe que toma uma decisão brutal para lutar pela segurança e um futuro melhor para seus filhos.
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Trajetória de conquistas
As vitórias em Guadalajara completam um ano de reconhecimento internacional para o Brasil. Relembre os principais marcos:
- Janeiro: Fernanda Torres tornou-se a primeira brasileira a vencer o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama por Ainda Estou Aqui. No mesmo mês, a animação Perfekta foi premiada como Melhor Conteúdo Infantil no Rose d’Or Latin Awards .
- Março: O país alcançou um feito inédito no Oscar, com Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, vencendo a estatueta de Melhor Filme Internacional.
- Abril: A produção de Salles continuou sua trajetória de sucesso no Prêmio Platino, em Madri , garantindo os troféus de Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Atriz para Fernanda Torres.
- Maio: O Brasil brilhou em Cannes. Wagner Moura foi eleito Melhor Ator por O Agente Secreto e Kleber Mendonça Filho recebeu o prêmio de Melhor Direção. Além disso, os projetos Virtuosas e Ouvi o Chamado: O Retorno do Manto Tupinambá foram premiados em seções paralelas do Marché du Film.
Com Agência Gov e sinopses do AdoroCinema
