Na TVT, vereadora Luna detalha programa contra roubo de celulares

Luna lidera uma ação inspirada em um programa do Piauí, que reduziu em mais de 50% os casos de roubo e furto de celulares em Teresina
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Luna criticou a falta de ações concretas do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). “Segurança pública não é só polícia, é inteligência e gestão"

“A cada hora, 19 celulares são roubados em São Paulo. É uma epidemia, um caos social de insegurança.” A afirmação é da vereadora Luna Zarattini (PT), autora de projeto de lei que buscam enfrentar o avanço dos furtos e roubos de celulares na capital. Também há uma outra proposta irmã desta, que tramita na Câmara dos Vereadores, na Assembleia Legislativa. Ambos foram inspiradas em um programa de segurança pública do Piauí, que reduziu em mais de 50% os casos de roubo e furto de celulares em Teresina e mais de 40% em todo estado. Entenda na TVT News.

Em entrevista à TVT, os jornalistas Talita Galli e Gabriel Valery comentaram que o modelo piauiense, implementado no governo do petista Rafael Fonteles, combinou tecnologia, rastreamento e inteligência policial para recuperar mais de 13 mil aparelhos. Luna defende que São Paulo adote a mesma estratégia, baseada em mensagens SMS enviadas a celulares identificados como furtados ou roubados, orientando quem estiver com o aparelho a entregá-lo na delegacia mais próxima.

“A pessoa que comprou sem saber da origem irregular recebe a mensagem e pode devolver o celular sem punição. É simples, eficiente e já deu certo em outro estado”, afirmou a vereadora. Segundo ela, em alguns dias, o programa do Piauí chegou a recuperar mil aparelhos.

Luna criticou a falta de ações concretas do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). “Segurança pública não é só polícia, é inteligência e gestão. O prefeito e o governador fazem discurso eleitoral da segurança, mas não têm propostas efetivas”, disse.

Ela também reagiu aos cortes no orçamento estadual de 2026, que reduzem em mais de 50% os recursos para capacitação de policiais civis, apontando a necessidade de articulação entre os diferentes níveis de governo. “Propomos uma força-tarefa entre prefeitura, governo do estado, Ministério Público e Polícia Civil. Sem decisão política, ficamos apenas nas narrativas”, afirmou.

A vereadora contou que já iniciou diálogo com parlamentares de diferentes partidos para aprovar as propostas em regime de urgência. “Segurança pública não tem partido. Temos apoio até de vereadores da direita. O importante é que o projeto funcione e diminua os roubos na cidade”, destacou.

Luna e a CPI dos Pancadões

Luna também aproveitou a entrevista para criticar a CPI dos Pancadões, que tramita na Câmara Municipal de São Paulo. Para ela, a comissão “tem caráter midiático e eleitoral”. “Desde o início dissemos que era uma CPI para engajamento, não para resolver problemas reais. Chamam mais MCs e artistas do que gestores públicos”, afirmou.

Segundo a parlamentar, a extrema direita “usa a Câmara para likes e redes sociais, enquanto temas como saúde, moradia e transporte ficam em segundo plano”. E concluiu: “O povo está cansado de espetáculo. O que queremos é política pública que funcione — e segurança de verdade”.

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