O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou que aceitará a proposta de um encontro direto com Vladimir Putin na Turquia, marcado para esta quinta-feira (15). Saiba mais em TVT News.
Segundo ele, a reunião pode representar um marco histórico e abrir caminho para o fim da guerra, iniciada com a invasão russa em fevereiro de 2022.
Pelas redes sociais, Zelensky afirmou que estará presente no local e espera que Putin “não encontre desculpas” para faltar. O líder ucraniano também reforçou o pedido por um cessar-fogo de 30 dias, considerado essencial para viabilizar o avanço das negociações diplomáticas — condição que a Rússia tem recusado até o momento.
Starting tomorrow, we await a ceasefire — this proposal is on the table. A full and unconditional ceasefire, one that lasts long enough to provide a necessary foundation for diplomacy, could significantly bring peace closer. Ukraine has long proposed this, our partners are… pic.twitter.com/TVpJbldfh4
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) May 11, 2025
O anúncio de Zelensky ocorre após pressões do presidente norte-americano, Donald Trump, para que a Ucrânia aceite a proposta russa de negociações diretas.
No sábado (10), Zelensky recebeu em Kiev o presidente francês Emmanuel Macron, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, o chanceler alemão Friedrich Merz e o primeiro-ministro polaco Donald Tusk. Juntos, os líderes lançaram um apelo conjunto por uma trégua de 30 dias, a começar nesta segunda-feira. A proposta conta com o apoio da União Europeia e também de Trump. Os líderes alertaram que, caso Putin recuse o plano, sanções ainda mais duras serão impostas à Rússia.
Neste domingo (11), Donald Trump pressionou publicamente pela realização do encontro entre os líderes de Rússia e Ucrânia.
Em uma postagem na rede social Truth Social, presidente dos Estados Unidos declarou que “o presidente [Vladimir] Putin, da Rússia, não quer um acordo de cessar-fogo com a Ucrânia, mas um encontro na quinta-feira, na Turquia, para negociar um possível fim para o banho de sangue”. Na sequência, Trump afirmou: “A Ucrânia devia aceitar a proposta, imediatamente”.
A pressão feita por Trump contraria a posição dos países aliados da Ucrânia, que rejeitaram a oferta de Vladimir Putin para conversas diretas com autoridades ucranianas. Esses governos defendem que o líder russo deve, antes de qualquer negociação, aceitar a proposta de cessar-fogo — apoiada pelos Estados Unidos.