Zelensky quer encontro com Putin nesta quinta-feira na Turquia

Presidente russo propôs negociação direta com Ucrânia neste domingo (10)
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O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy. Foto: Wikimedia Commons

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou que aceitará a proposta de um encontro direto com Vladimir Putin na Turquia, marcado para esta quinta-feira (15). Saiba mais em TVT News.

Segundo ele, a reunião pode representar um marco histórico e abrir caminho para o fim da guerra, iniciada com a invasão russa em fevereiro de 2022.

Pelas redes sociais, Zelensky afirmou que estará presente no local e espera que Putin “não encontre desculpas” para faltar. O líder ucraniano também reforçou o pedido por um cessar-fogo de 30 dias, considerado essencial para viabilizar o avanço das negociações diplomáticas — condição que a Rússia tem recusado até o momento.

O anúncio de Zelensky ocorre após pressões do presidente norte-americano, Donald Trump, para que a Ucrânia aceite a proposta russa de negociações diretas.

No sábado (10), Zelensky recebeu em Kiev o presidente francês Emmanuel Macron, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, o chanceler alemão Friedrich Merz e o primeiro-ministro polaco Donald Tusk. Juntos, os líderes lançaram um apelo conjunto por uma trégua de 30 dias, a começar nesta segunda-feira. A proposta conta com o apoio da União Europeia e também de Trump. Os líderes alertaram que, caso Putin recuse o plano, sanções ainda mais duras serão impostas à Rússia.

Neste domingo (11), Donald Trump pressionou publicamente pela realização do encontro entre os líderes de Rússia e Ucrânia.

Em uma postagem na rede social Truth Social, presidente dos Estados Unidos declarou que “o presidente [Vladimir] Putin, da Rússia, não quer um acordo de cessar-fogo com a Ucrânia, mas um encontro na quinta-feira, na Turquia, para negociar um possível fim para o banho de sangue”. Na sequência, Trump afirmou: “A Ucrânia devia aceitar a proposta, imediatamente”.

A pressão feita por Trump contraria a posição dos países aliados da Ucrânia, que rejeitaram a oferta de Vladimir Putin para conversas diretas com autoridades ucranianas. Esses governos defendem que o líder russo deve, antes de qualquer negociação, aceitar a proposta de cessar-fogo — apoiada pelos Estados Unidos.

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