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‘Generosidade’ com executivos não se repete com bancários

Bancos pagam até R$ 67 milhões a altos executivos, mas insistem em proposta rebaixada para a categoria
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Com essa proposta, na primeira faixa, o ganho real seria de apenas 0,09%. Foto: SPBancários

Após mais de dois meses de Campanha e onze rodadas de negociação, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) continua impondo proposta rebaixada aos bancários. Nesta quarta (28), a entidade propôs dividir a categoria em quatro faixas salariais, com reajustes diferenciados. A proposta foi rejeitada na mesa de negociação e continua amanhã (29), nas busca por melhores condições para o dissídio dos trabalhadores.

“É inimaginável a criatividade dos bancos para ganhar em cima do nosso acordo, que é construído nacionalmente e infinitamente menos valorizado que a distribuição de dinheiro para os executivos e acionistas. Enquanto propõem proposta rebaixada para os trabalhadores, em 2024, a previsão é que a remuneração dos altos executivos pode chegar a R$ 67 milhões por ano, para CEO do setor financeiro, de acordo com levantamento divulgado no jornal Valor Econômico. Não vamos aceitar proposta rebaixada, os trabalhadores são os maiores responsáveis pelos lucros dos bancos”, afirmou Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional. “A generosidade com os altos executivos não se repete com os trabalhadores”.

“A proposta é péssima. Com essa proposta, na primeira faixa, o ganho real seria de apenas 0,09%; na segunda faixa de 0,04%. As demais faixas não teriam ganho real. Além disso, 34,9% dos bancários, que estão na última faixa não teriam reajuste na data-base, apenas a reposição da inflação em dezembro”, destacou a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

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