Barragem de garimpo se rompe no Amapá

Barragem de rejeitos de mineração se rompeu na região central do Amapá. Não informação de feridos. Os rios Amapari e Araguari foram afetados
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Rio Amapari foi um dos afetados pelos rejeitos da barragem. Foto: Defesa Civil do Amapá

Nesta terça-feira (11) uma barragem de rejeitos de mineração se rompeu no município de Porto Grande, cerca de de 102 quilômetros da capital, Macapá. A prefeitura da cidade decretou estado de calamidade.

Segundo o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a barragem estava localizada em uma área de garimpo no Igarapé Água Preta, na comunidade rural do Cupixi, em Porto Grande. Já o município informou que a barragem era operada “informalmente” por uma “empresa desconhecida”.

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Os rejeitos chegaram aos rios Cupixi, Amapari e Araguari. A água que antes abastecia as cidades vizinhas e era fonte de sobrevivência de comunidades ribeirinhas está lamacenta e contaminada com os rejeitos dos metais pesados.

Segundo a prefeitura de Porto Grande, as casas da região estão sem água.

Além de afetar o consumo natural de água, a contaminação pode afetar a biodiversidade dos rios, assim como aconteceu no rompimento das barragens de Mariana (2015) e Brumadinho (2019).

Ainda não informações de vítimas e feridos.

Ações para conter o rompimento da barragem no Amapá

Para o primeiro momento, uma força-tarefa para avaliar os impactos na cidade e danos ambientais foi desenvolvida pelo governo estadual. A equipe é composta por representantes das Secretarias de Meio Ambiente (Sema), Saúde (Sesa), Segurança (Sejusp), Assistência Social (Seas), Corpo de Bombeiros Militar e Defesa Civil.

Nesta quarta-feira (12), o Grupo Tático Aéreo (GTA) deve sobrevoar a área para fazer o reconhecimento da área.

“Será montada uma base no município de Porto Grande e neste primeiro momento vamos fazer um sobrevoo seguindo o curso do rio Cupixi para identificar de onde está vindo a água barrenta. Identificado o local, então decidimos como será feito o trabalho operacional da equipe e dos agentes da força-tarefa do Governo do Estado”, explicou o capitão Bryan Fonseca do Grupo Tático Aéreo (GTA) do Amapá.

O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, ligou para o prefeito de Porto Grande, Elielson Moraes. Góes afirmou que o ministério está a disposição para ajudar.

O presidente Lula tem uma visita ao Amapá marcada para esta quinta-feira (13). Ele estará acompanhado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

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