A Beija-Flor de Nilópolis se consagra campeã do desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro de 2025. A escola de samba desfilou na noite de segunda-feira (3) com o enredo “Laíla de Todos os Santos”, uma homenagem ao carnavalesco da Beija-Flor que morreu em 2021. Grande Rio ficou em segundo e Imperatriz Leopoldinense em terceiro. Confira detalhes na TVT News.
Enredo da Beija-Flor no carnaval de 2025 no Rio de Janeiro
A escola de samba de Nilópolis cantou uma homenagem ao dirigente Laíla, que faleceu em 2021. Ele trabalhou na Beija-Flor por mais de 20 anos e fez parte de 13 dos 15 títulos da escola. O carnavalesco foi responsável por uma mudança na forma de fazer carnaval, colocando pessoas negras na centralidade da escola de samba.
Um dos momentos históricos vividos por Laíla na escola de samba que o homenageou aconteceu em 1989. O carnavalesco criou uma alegoria com a imagem de Jesus Cristo vestido com trapos, representando uma pessoa em situação de rua.
Uma exigência judicial forçou que o carro não fosse apresentado, Laíla como solução para não ceder inteiramente a repressão, colocou uma lona e um cartaz escrito “mesmo proibido, olhai por nós”. Na época, a Beija-Flor desceu com o samba-enredo: “Ratos e urubus, larguem minha fantasia”.
Em 2025, a escola refez o carro censurado como forma de relembrar o momento emblemático e demonstrar a personalidade forte de Laíla. Entretanto, em metade do percurso da Beija-Flor na Sapucaí, o carro estava com um defeito: o cartaz não estava legível, com parte do banner enrolado.

Laíla andou por várias escolas de samba. Ele já teve passagens nas escolas de samba: Salgueiro, Beija-Flor, Unidos da Tijuca, Arco-Íris, Vila Isabel, Peruche, Grande Rio, Águia de Ouro e União da Ilha.
Além dos 13 títulos que conquistou ao lado da escola de Nilópolis, Laíla foi campeão mais 15 vezes, resultando no total 28 vezes no pódio do carnaval. Desses, 21 foram pelo grupo especial do Rio de Janeiro, 1 no grupo especial de São Paulo, 4 no carnaval de Belém e 2 títulos no grupo de acesso do carnaval carioca.

Veja o samba-enredo
Chama João pra matar a saudade
Vem comandar sua comunidade
Ó Jakutá
O Cristo preto me fez quem eu sou
Receba toda gratidão, Obá
Dessa nação nagô
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor
Terreiro de Laíla, meu griô
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor
Terreiro de Laíla, meu griô
Kaô, meu velho
Volta e me dá os caminhos
Conduz outra vez meu destino
Traz os ventos de Oyá
Agô, meu mestre
Tua presença ainda está aqui
Mesmo sem ver, eu posso sentir
Faz Nilópolis cantar
Desce o morro de Oyó
Benedito e Catimbó
O alabá Doum
Traz o terço pra benzer
E a cigana puerê
Meu Exu
De copo no palco, sandália rasteira
No chão sagrado toda quinta-feira
O brado no tambor, feitiço
Brigou pela cor, catiço
Coragem na fala sem temer a queda
O dedo na cara, quem for contra, reza
O brado no tambor, feitiço
Brigou pela cor, catiço
Coragem na fala sem temer a queda
O dedo na cara, quem for contra, reza
Vencer, o seu verbo
Gênio do ouvido perfeito
A trança nos versos
Divino e humano em seu jeito
Queria paz, mas era bom na guerra
Apitou em outras terras, viajou nas ilusões
Deu voz à favela e a tantas gerações
Eu vou seguir sem esquecer nossa jornada
Emocionada, a Baixada em redenção
Chama João pra matar a saudade
Vem comandar sua comunidade
Ó Jakutá
O Cristo preto me fez quem eu sou
Receba toda gratidão, Obá
Dessa nação nagô
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor
Terreiro de Laíla, meu griô
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor
Terreiro de Laíla, meu griô
Kaô, meu velho
Volta e me dá os caminhos
Conduz outra vez meu destino
Traz os ventos de Oyá
Agô, meu mestre
Tua presença ainda está aqui
Mesmo sem ver, eu posso sentir
Faz Nilópolis cantar
Desce o morro de Oyó
Benedito e Catimbó
O alabá Doum
Traz o terço pra benzer
E a cigana puerê
Meu Exu
De copo no palco, sandália rasteira
No chão sagrado toda quinta-feira
O brado no tambor, feitiço
Brigou pela cor, catiço
Coragem na fala sem temer a queda
O dedo na cara, quem for contra, reza
O brado no tambor, feitiço
Brigou pela cor, catiço
Coragem na fala sem temer a queda
O dedo na cara, quem for contra, reza
Vencer, o seu verbo
Gênio do ouvido perfeito
A trança nos versos
Divino e humano em seu jeito
Queria paz, mas era bom na guerra
Apitou em outras terras, viajou nas ilusões
Deu voz à favela e a tantas gerações
Eu vou seguir sem esquecer nossa jornada
Emocionada, a Baixada em redenção
Chama João pra matar a saudade
Vem comandar sua comunidade
Ó Jakutá
O Cristo preto me fez quem eu sou
Receba toda gratidão, Obá
Dessa nação nagô
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor
Terreiro de Laíla, meu griô
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor
Terreiro de Laíla, meu griô