Rubens Pereira Júnior defende prisão preventiva de Bolsonaro

Rubens Pereira Júnior (PT-MA) conversou com a TVT sobre a prisão de Jair Bolsonaro
O deputado também criticou a possibilidade de redução de pena ou anistia para o ex-presidente, afirmando que tais medidas seriam inviáveis diante das ações de Bolsonaro
O deputado também criticou a possibilidade de redução de pena ou anistia para o ex-presidente, afirmando que tais medidas seriam inviáveis diante das ações de Bolsonaro

Em entrevista ao TVT News – Primeira Edição, o deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT-MA), vice-líder do governo na Câmara, comentou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Questionado sobre a prisão preventiva determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, Rubens Pereira destacou que a medida se justificou não apenas pelo risco de fuga, mas também pelo comportamento de Bolsonaro, que teria tentado violar a tornozeleira eletrônica. “A Polícia Federal teve um papel decisivo para garantir esta prisão preventiva. Ficou evidente que a ação se justificava para além do risco de fuga, mostrando a operância de uma organização criminosa”, afirmou.

O deputado também criticou a possibilidade de redução de pena ou anistia para o ex-presidente, afirmando que tais medidas seriam inviáveis diante das ações de Bolsonaro enquanto cumpria prisão domiciliar. “Como alguém pode falar em redução de pena de quem, enquanto estava em prisão cautelar, já tentava arrebentar a tornozeleira eletrônica?”, questionou.

Sobre a relação entre o governo e o Congresso, Rubens Pereira avaliou a tensão entre o líder do PT na Câmara, Lindberg Farias, e o presidente da Casa, Hugo Mota, que se intensificou após episódios envolvendo parlamentares como Alexandre Ramagem, condenado pelo STF e atualmente foragido nos Estados Unidos.

O deputado defendeu a legitimidade do líder do PT e afirmou que o diálogo institucional com Hugo Mota permanece aberto, apesar das divergências. “Há uma diferença entre a bancada do PT e a liderança do governo. Nós ainda mantemos diálogo para aprovar matérias importantes como LDO, orçamento e gastos tributários”, explicou.

Além de Bolsonaro

O vice-líder do governo ressaltou também que a mobilização popular tem sido determinante para pressionar o Congresso em pautas consideradas essenciais. Ele citou, por exemplo, o arquivamento da chamada “PEC da blindagem” e a aprovação da isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5.000, ambos frutos de pressão social. “Quanto mais próximo da eleição, mais a classe política está suscetível à pressão popular. É um momento de mobilização e vigilância da sociedade”, afirmou.

Rubens Pereira criticou ainda parlamentares condenados ou foragidos que permanecem no exercício de seus mandatos, como Carla Zambelli e Alexandre Ramagem, classificando essas condutas como incompatíveis com a função pública. Ele defendeu a aplicação rigorosa das normas e a cassação de mandatos quando houver trânsito em julgado das decisões judiciais.

Sobre a pauta legislativa, o deputado destacou que o foco do governo é aprovar medidas que impactem diretamente a vida da população, como a redução da jornada de trabalho 6 por 1, cortes de privilégios e gastos tributários, além da manutenção de programas sociais. “Enquanto eles brigam por anistia ou proteção de políticos, o presidente Lula está preocupado com a pauta que melhora a vida do povo brasileiro”, disse, citando avanços em saúde, educação, habitação e geração de emprego formal.

Por fim, Rubens Pereira afirmou que o fortalecimento da agenda positiva do governo é essencial para a preparação para as eleições de 2026, quando, segundo ele, será possível realizar uma avaliação concreta das ações do Executivo em comparação com gestões anteriores.

A sanção da lei que isenta do imposto de renda aqueles que ganham até R$ 5.000, prevista para esta terça-feira, foi citada pelo deputado como um exemplo de política pública aprovada com participação popular e que evidencia o compromisso do governo com a população mais vulnerável.

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