Política externa: em 3 anos, Brasil amplia influência global

Atuação internacional do presidente Lula amplia mercados, reforça o multilateralismo, defende as instituições brasileiras e impulsiona recordes no comércio exterior
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Lula ao lado do secretário-geral da ONU, António Guterrez. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Ao final dos três primeiros anos de mandato, a política externa brasileira consolidou-se como um dos pilares do projeto de reconstrução nacional liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Leia em TVT News.

Diplomacia ativa, resultados concretos: política externa fortalece soberania e exportações do Brasil em três anos

A intensa agenda internacional – marcada por reuniões, visitas oficiais e encontros com chefes de Estado e de governo – refletiu a retomada do diálogo em alto nível, a reconstrução de pontes com parceiros estratégicos, a ampliação da capacidade de articulação política, econômica e diplomática e a defesa da soberania e das instituições democráticas do país.

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BRICS: Brasil consolidou-se como um dos principais eixos da política externa brasileira – Foto: Ricardo Stuckert / PR


 

Os encontros bilaterais e as interlocuções diretas com lideranças mundiais fortaleceram a imagem do Brasil como ator confiável no cenário internacional, comprometido com a paz, o multilateralismo, a cooperação entre as nações e o desenvolvimento sustentável.

Essa atuação contínua ampliou o protagonismo brasileiro, criando condições favoráveis para a abertura de mercados, o crescimento recorde das exportações, a atração de investimentos e a defesa dos interesses nacionais em um contexto global marcado por desafios geopolíticos e econômicos.

Política externa do Brasil em números
 

REPOSICIONAMENTO INTERNACIONAL — Ao longo desses três anos, o presidente Lula realizou 61 missões oficiais ao exterior, recebeu 32 chefes de Estado e de governo no Brasil, manteve 190 encontros bilaterais à margem de eventos multilaterais e fez 79 telefonemas com líderes internacionais, incluindo presidentes eleitos antes da posse e autoridades comunitárias europeias.

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Na presidência do G20, em 2024, o Brasil levou para o centro da agenda econômica internacional o combate à fome e à pobreza. Foto: Ricardo Stuckert / PR


 

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, destacou que a presença internacional de Lula foi decisiva para ampliar o alcance da diplomacia brasileira. “O presidente Lula é, na minha opinião, o maior divulgador do Brasil. Desde o primeiro mandato, ele tem uma atuação internacional muito intensa. Agora, no terceiro mandato, teve um número inacreditável de interlocuções com chefes de Estado, encontros presenciais e contatos diretos que expandem a presença do Brasil em todos os tabuleiros”, afirmou o chanceler, em novembro, durante balanço sobre a intensa atividade diplomática do presidente.

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Em discurso na cerimônia de 80 anos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), criada antes da própria ONU, presidente insiste que acabar com a fome depende de decisão política. No dia em que o acordo Israel-Hamas entra em ação, Lula lembra que a paz está ligada ao combate a desigualdades sociais Foto: Ricardo Stuckert


 

Segundo o ministro, essa atuação leva ao mundo uma mensagem clara sobre o papel do país. “O presidente leva a voz do Brasil como um país que defende a paz, a cooperação, o entendimento entre as nações, o multilateralismo e o fortalecimento das instituições internacionais”, acrescentou.
 

A derrubada da taxa de 40% imposta pelo governo norte-americano a vários produtos agrícolas brasileiros é uma vitória do diálogo, da diplomacia e do bom senso”
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Presidente da República
 

TARIFAÇO — Outro eixo relevante da política externa brasileira no período foi a condução da relação bilateral com os Estados Unidos, país com o qual o Brasil mantém 201 anos de relações diplomáticas. Nesse contexto, a decisão do presidente Donald Trump de impor tarifas adicionais a produtos brasileiros representou um desafio significativo para o comércio bilateral.

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Lula e Trump: política externa incluiu a defesa das instituições brasileira. Foto: Daniel Torok/Casa Branca


 

Diante do chamado “tarifaço”, o Governo do Brasil atuou por meio do diálogo diplomático e da negociação técnica, reafirmando a importância da relação estratégica entre os dois países e a defesa das instituições democráticas brasileiras.

Paralelamente, o presidente Lula lançou o Plano Brasil Soberano, conjunto inicial de medidas para mitigar os impactos econômicos da elevação unilateral das tarifas. O Plano é composto por ações separadas em três eixos: fortalecimento do setor produtivo; proteção aos trabalhadores; e diplomacia comercial e multilateralismo.
 

O esforço brasileiro em prol do diálogo resultou, em 20 de novembro, na decisão do governo norte-americano de revogar a tarifa adicional de 40% aplicada a uma série de produtos agropecuários brasileiros, entre eles carne, café e frutas.
 

De acordo com o presidente Lula, o episódio reforçou a estratégia brasileira de priorizar soluções negociadas, preservar canais institucionais e defender a soberania sem abrir mão do respeito às regras do comércio internacional. “A derrubada da taxa de 40% imposta pelo governo norte-americano a vários produtos agrícolas brasileiros é uma vitória do diálogo, da diplomacia e do bom senso”, reiterou.

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Na presidência pro tempore do MERCOSUL, o Brasil reforçou integração regional como instrumento estratégico de desenvolvimento e inserção internacional da América do Sul. Foto: Ricardo Stuckert / PR


 

MERCADOS INTERNACIONAIS — Em um cenário global marcado por instabilidades geopolíticas e econômicas, o Brasil também alcançou um avanço histórico com a abertura de mais de 500 novos mercados internacionais para produtos nacionais ao longo do terceiro mandato.

O resultado é fruto de uma atuação coordenada entre a Presidência da República, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e a ApexBrasil.
 

A estratégia combinou diplomacia ativa, promoção comercial, fortalecimento das embaixadas brasileiras e valorização da capacidade produtiva nacional, com destaque para o agronegócio, a indústria e os produtos de maior valor agregado. As embaixadas brasileiras passaram a atuar de forma integrada na promoção comercial, ampliando o acesso dos produtos brasileiros aos mercados tradicionais e emergentes.

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Na IV Cúpula CELAC-UE, o presidente Lula reafirmou o papel estratégico dos dois blocos na construção de uma ordem mundial mais equilibrada. Foto: Ricardo Stuckert / PR


 

Para o presidente Lula, o fortalecimento do comércio exterior caminha junto com o desenvolvimento interno do país. “Nós temos duas possibilidades. Ou temos um mercado interno com bom poder de compra, que consome o que a gente produz, ou fazemos uma combinação, que é o que acontece no Brasil hoje: produzimos para atender o mercado interno e produzimos tão bem que conseguimos atender também às necessidades do mercado externo. Essa é a coisa mais perfeita que poderia acontecer”, celebrou.
 

O presidente destacou ainda que o Brasil possui ativos estratégicos e capacidade produtiva suficientes para avançar ainda mais na geração de oportunidades, renda e desenvolvimento. “Nós temos base intelectual, base empresarial, base de trabalhadores, tecnologia, uma Embrapa forte e tanta coisa que pode ser motivo de orgulho. A gente pode muito mais”, completou.
 

Não há país no mundo que tenha tido um crescimento forte e sustentável sem se abrir ao mundo e sem priorizar o comércio exterior”
Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
 

RECORDES NO COMÉRCIO — Os resultados da política externa também se refletiram de forma concreta no desempenho econômico do país. Em 2025, o Brasil alcançou recordes históricos no comércio exterior, com exportações totalizando US$ 339,4 bilhões e importações de US$ 276,3 bilhões, resultando em um superávit comercial de US$ 63,1 bilhões e uma corrente de comércio de US$ 615,8 bilhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC.
 

Na terceira semana de dezembro, a balança comercial registrou superávit de US$ 2,1 bilhões, com exportações de US$ 7,46 bilhões e importações de US$ 5,4 bilhões, consolidando o desempenho positivo ao longo do ano.
 

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, enfatizou que a integração do Brasil às cadeias globais de valor é parte essencial da estratégia de desenvolvimento econômico do país, com impacto direto na geração de emprego, renda e investimentos. “Não há país no mundo que tenha tido um crescimento forte e sustentável sem se abrir ao mundo e sem priorizar o comércio exterior”, afirmou.

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Na COP30, a atuação brasileira defendeu que a transição para uma economia de baixo carbono deve ser justa, inclusiva e compatível com o desenvolvimento social. Foto: Ricardo Stuckert / PR


 

Além do comércio, o país registrou forte desempenho na atração de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED). Entre janeiro e novembro de 2025, os investimentos somaram US$ 84,1 bilhões, o melhor resultado desde 2014, segundo o Banco Central.
 

Para Alckmin, os resultados refletem a consolidação de um ambiente econômico mais estável e atrativo para investimentos. “Encerramos um ano de muito trabalho com excelentes notícias. O presidente Lula já havia dito que 2025 seria o ano da colheita, e esses dados revelam a qualidade das sementes plantadas neste governo”, concluiu.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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