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Da Redação
Globo de Ouro 2025: quais as chances de premiação
Imprensa e crítica especializadas em cinema fazem previsões sobre as chances de premiação do filme Ainda Estou Aqui e da atriz Fernanda Montenegro na premiação do Globo de Ouro 2025 que acontece no domingo (5), a partir das 22h. Na sexta (3), Ainda Estou Aqui foi pré-indicado ao Bafta, o Oscar Britânico. Veja na TVT News quais as chances de premiação de Ainda Estou Aqui.
Ainda Estou aqui tem chances no Globo de Ouro 2025?
De acordo com veículos de imprensa especializados na cobertura de cinema e entretenimento, Fernanda Torres tem grandes chances de ser a vencedora na categoria de melhor atriz de filme de drama no Globo de Ouro 2025.
De acordo com a renomada revista Variety, o favoritismo de Fernanda Torres vem do fato dela ser a única indicada de uma produção também recebeu outra indicação. O filme Ainda estou aqui concorre também na categoria de filme em língua estrangeira.
Ainda de acordo com a Variety, as outras concorrentes — Nicole Kidman (Babygirl), Angelina Jolie (Maria Callas), Kate Winslet (Lee), Tilda Swinton (O quarto ao lado) — foram as únicas indicações dos seus respectivos filmes na noite. A exceção é Pamela Anderson, por The Last Showgirl que também foi indicado por melhor canção original.
O coordenador do curso de Cinema e Audiovisual da ESPM, Pedro Curi, concorda com a análise. “Apesar de ter como concorrentes filmes com boas carreiras e recepção da crítica, Ainda Estou Aqui tem chances de levar o prêmio. Isso poderia, ainda, ser um bom termômetro para a premiação do Oscar. Fernanda Torres disputa o prêmio de atriz com nomes consagrados e premiados, mas pode acabar sendo uma surpresa na categoria”
A revista Variety faz o seguinte questionamento sobre Fernanda Torres: “Será que o reconhecimento duplo a torna a favorita para este prêmio? Enquanto os eleitores indicam um apoio forte para Torres, Nicole Kidman e Angelina Jolie estão firmemente no páreo”, afirma a publicação.
Já para revista Vanity Fair, a favorita é Kidman, mas afirma que a brasileira é quem tem a melhor chance para vencê-la.
Quem também prevê que Fernanda Torres corre por fora para vencer a categoria de melhor atriz é o site especializado em premiações Gold Derby. No entanto, as favoritas, de acordo com o site, são Jolie e, na sequência, Kidman.
Apesar da aposta na vitória da brasileira na categoria de melhor atriz, as publicações não têm o mesmo ânimo na categoria filme estrangeiros. Para todos os veículos, o filme francês Emília Pérez deve ser o grande vencedor do Globo de Ouro 2025.
A produção francesa é a maior indicada da premiação: são 10, incluindo a categoria de melhor comédia ou musical. Na categoria de filme estrangeiro há outros fortes concorrentes, como o alemão A semente do fruto sagrado e o indiano Tudo o que imaginamos como luz.
Entre os especialistas em cinema brasileiros, a opinião é que o filme tem mais chances que Fernanda Torres, como analisa Márcio Rodrigo, professor do curso de Cinema e Audiovisual da ESPM. “Penso que, apesar de termos um Emília Perez no meio do caminho, há uma boa chance de Ainda Estou Aqui levar o Globo de Ouro 2025 de Filme em Língua Não Inglesa dado as muitas participações de Walter Salles na premiação”, afirma Rodrigo.
“Já sobre Fernanda Torres como Atriz, embora a Variety esteja apostando nela pelo prêmio, há pesos pesados na categoria disputando o prêmio, especialmente Angelina Jolie por Callas. Mas Fernanda mais do que merece. Traduziu como ninguém o silêncio forçado de tantas pessoas durante a ditadura militar no Brasil”, pondera o professor.
A cerimônia do Globo de Ouro 2025 será transmitida às 22h (pelo horário de Brasília). Para acompanhar, ao vivo a transmissão ocorrera pelo canal fechado TNT, com tradução simultânea, ou via streaming pela plataforma Max, com áudio original em inglês.
Ainda Estou Aqui está na pré-lista do Bafta, o Oscar Britânico
O filme Ainda Estou Aqui está na lista dos pré-indicados ao prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira do Bafta (British Academy Film Awards), premiação conhecida como o Oscar britânico.
No Brafa, a atriz Fernanda Torres, 59, não foi indicada nas categorias de atriz.
O filme brasileiro é uma das 10 produções que concorrem às cinco vagas da lista final de indicados ao prêmio.
O vencedor será anunciado no dia 16 de fevereiro, em Londres. O Brasil já conquistou o Bafta nesta categoria uma vez também com outro filme de Walter Salles, Central do Brasil, protagonizado por Fernanda Montenegro, mãe de Fernanda Torres.
Veja a lista de filmes que concorrem à indicação de melhor filme estrangeiro no Bafta:
- Tudo Que Imaginamos Como Luz
- Black Dog
- O Conde de Monte Cristo
- Emilia Pérez
- Flow
- The Girl with the Needle
- Kneecap — Música e Liberdade
- La Chimera
- The Seed of the Sacred Fig
Ainda Estou Aqui é um filme sobre memória, resistência e luta. Baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, o longa conta a história de Eunice Paiva, viúva do ex-deputado e engenheiro civil Rubens Paiva. Antes mesmo da estreia no Brasil, Ainda Estou aqui tem recebido atenção por onde passa, como os 10 minutos de aplausos no Festival Veneza 2024 em que levou a premiação de melhor roteiro.
Qual é a história de Ainda Estou Aqui?
Ainda Estou Aqui conta a história da mãe de Marcelo Rubens Paiva, Eunice Paiva, que se tornou ativista política após perder seu marido, Rubens Paiva, para a crueldade da ditadura militar brasileira. A narrativa percorre a relação entre o autor e sua mãe, além de trazer a infância de Marcelo e as questões políticas acerca da morte de seu pai.
O filme é protagonizado por Fernanda Torres como Eunice, e Selton Mello como Rubens Paiva. Fernanda Montenegro também participa da obra, como Eunice, na última fase, já com Alzheimer.
A produção brasileira dirigida por Walter Salles permanece em cartaz nos cinemas brasileiros e já ultrapassou a marca de três milhões de espectadores. A TVT News assistiu e recomenda o filme, mas leve um lencinho para limpar as lágrimas no final da sessão.
Resenha: Ainda Estou Aqui é filme sobre memória e resistência
Dirigido por Walter Salles (de Central do Brasil e Diários de Motocicleta), Ainda Estou Aqui tem no elenco atores de peso como Fernanda Torres, que interpreta Eunice Paiva, Selton Mello (como Rubens Paiva), além das participações de Marjorie Estiano e da fantástica Fernanda Montenegro, que faz Eunice mais velha e já acometida de Alzheimer.
A participação de Fernanda Montenegro, mesmo curta, dá a Ainda Estou Aqui maior carga sobre o drama da memória. Como se o filme já não emocionasse desde as primeiras cenas.
Com reconstituição impecável do Rio de Janeiro dos anos 70, Ainda Estou Aqui começa com o cotidiano da família de Rubens Paiva em meio às repercussões do sequestro do embaixador suíço pelos grupos de resistência armada à Ditadura Militar.
A trama se desenvolve em três partes: a maior, que mostra a família de Paiva no Rio de Janeiro nos anos 1970; a segunda, conta trajetória de Eunice como defensora dos Direitos Humanos e a terceira, o encerramento, é a que está Fernanda Montenegro e coloca o público diante do debate da memória.
Na primeira parte, o filme mostra como a prisão de Rubens Paiva foi arbitrária. As sequências mostram como a família tentava manter a normalidade, como os dramas de adolescentes, o jogo de totó (pebolim) entre pai e filho, as idas à praia, as festas com amigos, a troca de dentinhos das crianças, a adoção de um cachorro.
Esse cotidiano é dilacerado pela prisão e desparecimento de Rubens Paiva. As cenas de Eunice e da filha presas vão levar o público para os horrores das prisões da Ditadura Militar. Mesmo sem mostrar, de forma explícita, as torturas, o filme traz o medo, o nojo e o crime que envolviam os porões da Ditadura.
Na cena do chuveiro, Eunice tenta arrancar da pele as marcas desses porões e o público fica com elas. Dali em diante, tanto plateia como o filme parecem prender a respiração. O cinema fica num silêncio sufocante. A trilha sonora da primeira parte dá lugar a uma angústia.
Mães e pais não conseguem conter as lágrimas ao verem como Eunice vai tentando manter a família. Em determinada cena, Marcelo quebra a boneca da irmã que vai reclamar com a mãe, justamente no momento mais difícil daquela trajetória. A reação normal seria descontar nas crianças, entrar em desespero. Mas Eunice segue.
Há um toque sutil no roteiro e na direção: Eunice sabe da morte do marido. Mas essa cena não é explícita. Há um corte entre ela receber quem lhe vai dar a notícia e a reação do dela. O público sabe que ela recebeu a informação. Mas ela não é falada.
Rubens Paiva não tinha morrido “oficialmente”, não há um atestado de óbito. Portanto, não há como materializar a morte.
Na segunda parte, Eunice já é uma advogada renomada na luta pelos direitos humanos. E consegue, depois de longa luta, o atestado de óbito com o reconhecimento da morte violenta de Rubens Paiva. É quando as crianças menores, já adultas, conversam: “quando você enterrou o papai”?
Esse é o gancho para a terceira parte de Ainda Estou Aqui: a memória. A família está toda reunida. Eunice, com Alzheimer, parece distante, como numa realidade paralela, típica de quem sofre essa doença. Mas uma cena na TV devolve a atenção ao olhos dela. A memória tem caminhos desconhecidos e ali, memória, luta e resistência de cruzam.
Relembre a rota de sucesso do filme Ainda Estou Aqui
O cinema brasileiro está em festa com o sucesso do filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles. A produção tem conquistado corações pelo mundo, levando mais de 3 milhões de espectadores às salas de cinema no Brasil desde a estreia em novembro e acumulando prêmios em renomados festivais internacionais.
Ainda Estou Aqui está na pré-lista do Oscar
O filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, está pré-indicado ao Oscar de Melhor Longa-Metragem Internacional. É a primeira vez que um filme brasileiro retorna para essa etapa da nomeação desde 2008, quando o filme O Ano Em Que Meus Pais Saíram De Férias, de Cao Hamburger participou da pré-lista, mas não ficou entre os selecionados.
As premiações anteriores servem como termômetro para o Oscar, por isso as expectativas para a lista oficial que será divulgada no dia 17 de janeiro permanecem altas. Para a principal condecoração do cinema mundial, ainda se espera que Fernanda Torres seja indicada na categoria de Melhor Atriz do Oscar.
Fator decisivo para a qualidade e reconhecimento de Ainda Estou Aqui é que se trata de uma produção de Walter Salles. Salles é reconhecido mundialmente não apenas pela seu olhar artístico e competência, já postas a prova, mas também é considerado o terceiro cineasta mais rico do mundo. Em Central do Brasil, ele foi fundamental para que Fernanda Montenegro fosse indicada a melhor atriz no Oscar de 1999.
Quais foram as premiações de Ainda Estou Aqui nos festivais
Selecionado para mais de 50 festivais nacionais e internacionais, Ainda Estou Aqui já acumula sete importantes prêmios no currículo. Entre eles estão:
- Melhor Roteiro no prestigiado 81º Festival de Veneza, Itália;
- Melhor Atriz em Filme Internacional para Fernanda Torres no Critics Choice Awards, EUA;
- Melhor Filme na 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Brasil;
- Melhor Filme no Festival Internacional de Cinema de Vancouver, Canadá;
- Melhor Filme no Festival de Cinema de Mill Valley, EUA;
- Prêmio do Público no Festival De Pessac, França;
- Prêmio Danielle Le Roy (Júri Jovem) no Festival De Pessac, França.
A obra levou o prêmio de melhor roteiro na 81ª edição do Festival de Cinema de Veneza. Na ocasião, Ainda Estou Aqui foi aplaudido por dez minutos após a primeira exibição.
Os roteiristas Murilo Hauser e Heitor Lorega receberam o estimado prêmio e dedicaram a vitória à protagonista do filme, a atriz Fernanda Torres, que não pôde estar presente no momento da premiação. No fim do discurso, eles homenagearam o cinema nacional com a frase de resistência: “Viva o cinema brasileiro!”
Marcelo Rubens Paiva, autor do livro que inspirou o filme, conversa com Juca Kfouri
O escritor Marcelo Rubens Paiva foi convidado do programa Juca Kfouri Entrevista. Marcelo é autor de Ainda Estou Aqui, livro que baseou o filme homônimo que concorre ao Globo de Ouro 2025 em duas categorias (filme estrangeiro e atriz) e está na pré-lista de filmes internacionais do Oscar, premiação máxima do cinema mundial.
Marcelo é o filho mais novo do casal Rubens e Eunice Paiva, protagonistas do livro e do filme. O livro conta como foram os episódios anteriores ao sequestro do pai pela Ditadura Militar brasileira e como foi a luta da mãe para manter a família diante do desparecimento de Rubens e, mais tarde, pelo reconhecimento da responsabilidade do Estado pela tortura e morte do familar.
O programa Juca Kfouri Entrevista vai ao ar todas as quintas, às 21h15, no canal digital 44.1 e no YouTube da Rede TVT.
- Vídeo: Veja a entrevista exclusiva de Marcelo Rubens Paiva a Juca Kfouri
Confira o trailer do filme Ainda Estou Aqui
Minha Casa, Minha Vida supera meta de contratos em 2024, diz ministro
O programa Minha Casa, Minha Vida superou em 25% a meta de contratação de unidades habitacionais em 2024. É o que afirmou o ministro das Cidades, Jader Filho, em entrevista veiculada pelo programa radiofônico estatal A Voz do Brasil. De acordo com ele, havia sido prevista a contratação de 1 milhão de novas unidades. A pasta, no entanto, conseguiu chegar à marca de 1,25 milhão.
“Nós avançamos muito nesse programa que, além de realizar o sonho da casa própria, também gera emprego, gera renda e desenvolve o nosso país”, disse ele. De acordo com Jader Filho, o balanço do andamento da Minha Casa, Minha Vida em 2024 é bastante positivo.
“Entregamos mais de 41 mil novas unidades habitacionais. E encontramos solução para cerca de 45 mil unidades que estavam paralisadas, outras que estavam ocupadas. Avançamos nesse tema junto com as prefeituras, com os governos de estado. Havia muitas obras que estavam paralisadas quando nós chegamos ao Ministério das Cidades. Outras estavam com ritmo bem lento. A gente conseguiu retomar essas obras e entregá-las ao Brasil”, acrescentou.
Criado pelo governo federal durante o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2009, o Minha Casa, Minha Vida é um programa habitacional voltado para atender famílias de baixa renda. Ele é conduzido pelo Ministério das Cidades e operacionalizado pela Caixa Econômica Federal. Lula costuma tratá-lo como um dos programas sociais de maior destaque de seu governo, que ganhou uma nova versão em 2023. O ministro destacou aprimoramentos que foram feitos nesta retomada do Minha Casa, Minha Vida.
“Todos os novos empreendimentos, que iniciaram as construções agora no final de 2024, obrigatoriamente têm que ter biblioteca, têm que ter varanda. A gente precisa fortalecer toda essa parte social desses empreendimentos. O limite máximo agora [é de] 750 unidades habitacionais em cada um desses condomínios. Por que fizemos isso? Porque, historicamente, esses grandes condomínios eram gigantescos e, em muitos deles, os moradores não desenvolviam um sentimento de comunidade. São diversas alterações que fizemos para melhorar a vida das pessoas que vão morar nos novos empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida”, ressaltou Jader Filho.
Por Léo Rodrigues para a Agência Brasil
Limite de trabalho em feriados passa a valer a partir de julho
A Portaria MTE nº 3.665, que estabelece novas regras para a autorização do trabalho em feriados que passaria a valer a partir de ontem, 1º de janeiro, foi adiada para o dia 1º de julho. A decisão foi publicada no Diário Oficial no dia 20 de dezembro de 2024.
De acordo com a Portaria, a partir desse ano, o trabalho nos feriados só poderá ser realizado se estiver previsto na convenção ou acordo coletivo da categoria. Especialista levanta questionamentos sobre aumento de burocracia e impactos negativos em segmentos essenciais da economia.
A Portaria MTE nº 3.665 determina que a autorização para o trabalho nos feriados está condicionada à previsão em convenção ou acordo coletivo. De acordo com Washington Barbosa, mestre em Direito das Relações Sociais e Trabalhistas e CEO da WB Cursos, a portaria representa um retrocesso. “A gente volta ao passado, agora você tem que pedir a permissão para os sindicatos e para o Ministério do Trabalho para fazer qualquer coisa. Hoje, no momento em que tudo funciona 24 horas e sete dias por semana, surge essa limitação”, critica.
Convenção de trabalho
Barbosa destaca que a exigência de previsão em acordo ou convenção coletiva de trabalho para a autorização do trabalho em feriados adiciona uma camada de complexidade. “A permissão não é de caráter permanente, pois tanto o acordo quanto a convenção coletiva têm prazo limitado, geralmente de um a dois anos, necessitando de negociações anuais”, afirma. Isso, segundo ele, gera um aumento na burocracia para empresas e trabalhadores.
A portaria também retirou do rol de atividades autorizadas de forma permanente setores que tradicionalmente operam em feriados e finais de semana. Áreas como varejo de peixes, carnes frescas, frutas e verduras, além de portos, aeroportos e estradas, serão diretamente impactadas. Barbosa ressalta que “aeroportos funcionam o tempo todo e precisam de profissionais constantemente, assim como comércios de hotel, atacadistas e distribuidoras”. Agora, esses segmentos dependem de negociação coletiva para garantir o funcionamento nesses períodos, dificultando a continuidade das atividades.
Outro ponto levantado é a relação da medida com o movimento sindical. “Entendo que essa é uma manobra para fortalecer os sindicatos, que estão desgastados e sem legitimidade. Quando se negocia uma convenção ou acordo coletivo, há a chamada contribuição assistencial, uma espécie de honorário pago aos sindicatos pela prestação do serviço de negociação”, explica o especialista.
Concurso público: confira as principais oportunidades de 2025
Com a chegada de 2025, milhares de brasileiros já começam a traçar seus planos para conquistar uma vaga em concurso público. O Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa 2025) prevê a abertura de 57.814 vagas para concursos, mostrando um cenário promissor para quem deseja ingressar na carreira pública. Muitas oportunidades não listadas também devem surgir. A dica é ficar de olho nos sites das principais bancas examinadoras, como Fundação Vunesp; FGV; Ibade; Cespe/Cebraspe; e FCC.
Já são diversas seleções confirmadas, e as oportunidades prometem crescer ao longo do ano. Em destaque, uma possível avalanche de vagas em tribunais do trabalho. Existe expectativa, por exemplo, de abertura ampla de vagas nos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) de São Paulo, tanto no interior (TRT-15) como na capital (TRT-2). Confira os principais destaques:
2025 e os concurso público
Entre as seleções mais aguardadas, destacam-se os concursos para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Federal (PF), que oferecem salários competitivos e grande número de vagas. Ambos os certames estão com solicitações ativas ou autorizações em andamento, reforçando as expectativas de realização ainda em 2025.
Outros órgãos importantes, como o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) e a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), também têm editais previstos ou bancas definidas, o que representa excelentes oportunidades para candidatos com formação superior.
Além das grandes seleções, o ano também traz novidades para áreas administrativas, jurídicas e ambientais, com cargos em instituições renomadas, como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Concursos públicos em destaque
Polícia Rodoviária Federal (PRF)
A PRF é um dos certames mais esperados, com solicitação de 4.902 vagas para o cargo de Policial Rodoviário. Com salário inicial de R$ 10.790,87, o concurso exige nível superior e é uma excelente oportunidade para quem busca uma carreira de destaque na segurança pública.
Polícia Federal (PF)
A PF terá vagas para diversas carreiras, incluindo Agente, Escrivão, Papiloscopista, Perito Criminal e Delegado. A remuneração varia de R$ 13.649,52 a R$ 25.825,08, dependendo do cargo. Há também previsão de vagas na área administrativa, com salários entre R$ 5.173,28 e R$ 8.547,40, para candidatos de nível médio e superior.
Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP)
Com comissão formada, o TCE-SP oferecerá 37 vagas para o cargo de Auditor de Controle Externo, com salário de R$ 17.742,42. Este é um dos concursos mais atrativos para candidatos com formação superior interessados em atuar no controle e fiscalização pública.
Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)
O concurso para Agente de Custódia já tem banca definida e oferecerá 50 vagas imediatas, além de 100 para cadastro reserva. O salário inicial é de R$ 9.394,68, sendo uma excelente oportunidade para quem possui nível superior.
Concursos públicos com inscrições abertas
ICMBio
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade abriu inscrições para 350 vagas nos cargos de Analista Administrativo e Ambiental, com salário inicial de R$ 8.817,72. As inscrições encerram-se no dia 3 de janeiro às 18h.
Embrapa
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária está com 1.027 vagas abertas, com remunerações que chegam a R$ 12.814,61. As inscrições devem ser feitas no site oficial até a data estipulada.
Iphan
O concurso do Iphan oferece 31 vagas para cargos como Analista Ambiental, Antropólogo e Arqueólogo. Os salários variam entre R$ 6.681,70 e R$ 9.047,00, e as inscrições vão até 7 de janeiro.
INSS
O Instituto Nacional do Seguro Social oferece 250 vagas para o cargo de Perito Médico Federal, com salário inicial de R$ 14.166,99. Este é um dos concursos mais aguardados para a área da saúde pública.
EBSERH
A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares abriu concurso para 545 vagas imediatas, além de cadastro reserva, com remunerações entre R$ 2.707,15 e R$ 17.978,62. As inscrições estão abertas até 20 de janeiro no site da FGV.
O que são os BRICS e sua importância na política internacional
Por Fernanda Brandão, coordenadora de Relações Internacionais da Faculdade Mackenzie Rio
Os Brics surgiram, a princípio, após a divulgação de um relatório por um dos economistas da Goldman Sachs, Jim O’Neil, apresentando Brasil, Rússia, Índia e China como mercados emergentes importantes a serem acompanhados pela sua boa performance econômica. A partir do relatório, os países do BRIC passaram a se reunir às margens das reuniões da ONU e do G20 para promover a cooperação entre essas economias emergente.
A crise financeira de 2009 mostrou a importância dessas economias no cenário global visto que foram apenas marginalmente afetadas pela crise do subprime e suas políticas contracíclicas estimulando suas economias domésticas foi fundamental para que a economia global não entrasse em uma recessão nos moldes dos anos 1930. Ainda em 2009, o G20 passou a ser institucionalizado com uma reunião de cúpula anual apontando para a importância dos países emergentes na coordenação das políticas econômicas para a manutenção da estabilidade na economia global.
No mesmo ano, os BRIC passaram a ter uma reunião de cúpula anual formalizando o grupo como um clube de países emergentes com interesses comuns e que buscam cooperar e coordenar suas políticas externas no âmbito internacional. Em 2011, a África do Sul foi convidada para fazer parte do grupo representando os países africanos.
O clube passou então a ser conhecido como Brics. Dentre as principais pautas demandadas pelos países do clube, está uma maior representatividade na gestão das finanças internacionais, demandando reformas das cotas de votação tanto do FMI quanto do Banco Mundial que não refletem a relevância econômica desses países no cenário global atual, enquanto os EUA contam com poder de veto e os países europeus são super-representados.
Brics e o dólar
Os Brics também demandam desde o início do grupo por uma menor dependência do dólar e um maior papel para os direitos especiais de saque (unidade de conta baseada em uma cesta de moedas do FMI) na economia internacional, uma vez que a dependência do dólar torna esses países vulneráveis a distúrbios e perturbações econômicas nos Estados Unidos e os torna reféns em alguma medida da política monetária americana.
Nesse ensejo, os países Brics criaram, na cúpula da Fortaleza em 2014, o Novo Banco de Desenvolvimento e o Arranjo Contingente de Reservas que tem funções similares ao Banco Mundial e ao FMI, respectivamente. O objetivo dessas instituições é complementar o papel exercidos pelas tradicionais organizações de Bretton Woods, mas ao mesmo tempo oferecer uma alternativa, visto que no âmbito dessas novas instituições não existem as mesmas imposições de condicionalidades para acesso ao crédito como no Banco Mundial e o FMI.
Além disso, o objetivo do Banco dos Brics é oferecer mais fontes de crédito voltadas ao desenvolvimento de projetos de infraestrutura, que é a principal demanda de países emergentes como os BRICS.
Governança internacional
Os Brics também demandam uma reforma mais ampla das organizações multilaterais, inclusive do sistema ONU onde Brasil, Índia e África do Sul tem interesse em ter um assento permanente no Conselho de Segurança. Essa demanda está em consonância a demanda geral dos Brics de maior representatividade para os países emergentes no cenário internacional.
Apesar de interesses amplos em comum, os Brics são países muito diferentes e que possuem, muitas vezes, interesses e agendas divergentes. Em termos gerais, os Brics se unem pelo desejo de maior influência e poder de voz na política internacional.
Recentemente, novos países foram convidados a entrar no clube. O Irã, a Arábia Saudita, o Egito, a Etiópia e o Emirados Árabes Unidos já são membros permanentes do clube que agora é denominado Brics+ e outros países também têm pleiteado a membresia no clube.
A expansão dos Brics consolida o clube como o principal representante dos países emergentes na política internacional. Porém, torna cada vez mais difícil o alcance de um consenso e de uma atuação uníssona entre os países do bloco uma vez que os novos membros têm cenários econômicos, sociais e culturais diversos, aumentando ainda mais a diversidade de interesses dentro do clube.
Contudo, em termos gerais, a expansão dos Brics fortalece a ideia de insatisfação com a ordem global existente e reforça a necessidade de mudanças profundas que contemplem de forma mais abrangente os interesses dos países em desenvolvimento e não apenas as agendas e interesses dos países desenvolvidos.
Sete capitais começam ano com transporte público mais caro
Os usuários de transportes públicos de sete capitais brasileiras começaram o ano de 2025 com as tarifas de transportes públicos mais caras: Belo Horizonte, Florianópolis, Natal, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
O aumento dos bilhetes já pesa no bolso dos passageiros de algumas cidades desde o fim de dezembro.
1 – Belo Horizonte
Em Belo Horizonte, as tarifas de ônibus foram reajustadas nesta quarta-feira (1º). O valor da passagem das linhas curtas passou para R$ 2,75 e o das linhas convencionais, R$ 5,75. Neste último caso, o aumento foi de R$ 0,50. O último reajuste ocorreu em dezembro de 2023.
Em comunicado oficial, a prefeitura de Belo Horizonte justifica o aumento. “O reajuste é necessário para a continuidade dos investimentos no transporte público e melhoria dos serviços”. As 12 linhas que circulam nas vilas e favelas da capital dos mineiros continuarão gratuitas.
2 – Florianópolis
A tarifa de ônibus em Florianópolis foi reajustada nesta quarta-feira também. O novo preço passou para R$ 5,75 para os usuários do Cartão Cidadão do Sistema Integrado de Mobilidade, que pode ser adquirido em qualquer bilheteria dos terminais de integração da capital catarinense. Para os pagamentos em dinheiro ou QRCode, o valor é R$ 6,90, o que configura a passagem de ônibus mais cara do país.
3 – Natal
Em Natal, desde domingo (29), a tarifa de ônibus custa R$ 4,90. O reajuste do valor foi aprovado pelo Conselho Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana (CMTMU) em 26 de dezembro. Para as linhas de bairro, o preço inteiro do bilhete ficou em R$ 4,30.
Em nota, o conselho afirmou que para a recomposição de 8,88% na tarifa, levou em consideração todos os insumos que compõem a planilha tarifária do Sistema de Transporte Público de Passageiros, como o preço do óleo diesel, pneu, lubrificante, salário dos motoristas, entre outros itens.
4- Recife
Já as passagens de ônibus no Grande Recife serão reajustadas no próximo domingo (5). O Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) aprovou, na segunda-feira (30), a proposta do governo de Pernambuco de reajuste de 4,29% na tarifa dos ônibus da região metropolitana da capital pernambucana no chamado Anel A, usado por mais de 80% dos passageiros.
O percentual de reajuste anunciado foi o menor entre as capitais que aumentaram as tarifas do transporte público entre o fim de 2024 e o início deste ano novo.
Com a decisão, a tarifa do transporte do Anel A aumenta de R$ 4,10 para R$ 4,28 (podendo ser arredondada para R$ 4,30). Desde 2022, os valores das passagens não eram reajustados.
5 – Rio de Janeiro
A passagem do transporte coletivo no Rio de Janeiro subirá para R$ 4,70, a partir do próximo domingo. O anúncio foi feito logo após a cerimônia de posse do prefeito reeleito Eduardo Paes. A autorização para o reajuste foi publicada no Diário Oficial do município desta quinta-feira (2).
De acordo com a publicação, a tarifa única é válida para os serviços de BRT; de VLT; transporte de passageiros por ônibus e o serviço complementar comunitário, os chamados cabritinhos, como kombis e similares que atuam em locais de difícil acesso ou sem linhas regulares de transporte.
O aumento de R$ 0,40 equivale à correção monetária pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA – considerado a inflação oficial do país – referente aos dois anos em que a tarifa ficou sem reajuste. O último havia sido em janeiro de 2023.
A tarifa de trens urbanos no Rio de Janeiro passará de R$ 7,10 para R$ 7,60, a partir de 2 de fevereiro. Em comunicado na internet, a SuperVia, concessionária que administra o transporte, afirma que o reajuste anual considera custos fixos “impactados pela inflação, como energia, manutenção dos trens e da via férrea, aquisição de peças e equipamentos importados para reposição nos trens, entre outros.”
Este reajuste não alcança os passageiros que têm direito ao Bilhete Único Intermunicipal (BUI).
6 – Salvador
A partir deste sábado (4), a tarifa do transporte público de Salvador aumentará R$ 0,40 – alta de 7,69% – e a passagem subirá de R$ 5,20 para R$ 5,60 para ônibus comum, para ônibus do Subsistema Local Integrado de Transporte (SLIT), conhecido por amarelinho, e o BRT.
O novo valor foi publicado em portaria da Agência Reguladora e Fiscalizadora dos Serviços Públicos de Salvador (Arsal) no Diário Oficial do Município, nesta quinta-feira (2).
Em comunicado público, a prefeitura de Salvador justifica que o novo valor é equivalente à inflação acumulada desde o último reajuste, em novembro de 2023. “O novo valor leva em consideração o resultado dos estudos técnicos da revisão tarifária para o quadriênio 2023-2026, desenvolvidos pela Arsal.” O poder público local afirma que a nova tarifa será praticada ao longo de todo o ano de 2025
Devido à integração no sistema de transportes, o passageiro que possuir o Salvador Card pode usar até três destes modais, e também o metrô, pagando apenas uma tarifa.
7 – São Paulo
A nova tarifa de ônibus municipais de São Paulo entrará em vigor a partir de segunda-feira (6). O valor passará de R$ 4,40 para R$ 5, o que corresponde a alta de 13,6%. A medida definida pelo Conselho Municipal de Trânsito e Transportes (CMTT) foi mantida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo nesta quarta-feira, após contestação da nova tarifa por parlamentares.
A tarifa de ônibus anterior (R$ 4,40) não era reajustada desde 2020.
No entanto, a gratuidade das passagens de ônibus nos domingos e feriados continua na capital paulista. O Domingão Tarifa Zero é direito de todos os passageiros com o Bilhete Único, até mesmo os turistas. De acordo com a prefeitura, o benefício é válido para os ônibus da cidade de São Paulo e não engloba o transporte sobre trilhos ou o sistema intermunicipal.
E não é só no ônibus que o aumento de tarifas será sentido, em São Paulo. A partir de segunda também, o governo do Estado anunciou o aumento de R$ 5 para R$ 5,20 na tarifa de trens e das linhas de metrô. E o vale transporte sobe para R$ 5,70.
Outras cidades e o transporte público
Em Aracaju, a passagem de ônibus da Grande Aracaju foi reajustada em 11%, nesta quarta-feira, mas a Lei 6.111/24, sancionada no fim de dezembro, prorroga o subsídio do governo local para a tarifa do transporte coletivo e a gratuidade para pessoas com deficiência (PCD) e seus acompanhantes. Com isso, a tarifa foi mantida sem aumento aos usuários do sistema de transporte coletivo de Aracaju, Barra dos Coqueiros, Socorro e São Cristóvão.
Fora das capitais brasileiras, o aumento da tarifa do transporte público também poderá ser verificado nas cidades de São Paulo. Entre elas estão: Barueri, Caieiras, Carapicuíba, Campinas, Ferraz de Vasconcelos, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Osasco, Ribeirão Pires, Santo André, Suzano, Taboão da Serra, além do Corredor Metropolitano ABD da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU), nas linhas que ligam os terminais São Mateus/Jabaquara; Diadema/Brooklin. No decorrer do mês o reajuste será nos bilhetes de Arujá e Mauá, no interior do estado.
O incremento nos valores das passagens ainda atinge os moradores de Caxias do Sul (RS) e Contagem (MG).
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