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Da Redação
Lula bate com folga nomes da direita, incluindo Flávio, diz pesquisa Quaest
A mais recente rodada da pesquisa Genial/Quaest para as eleições presidenciais de 2026 confirma um cenário amplamente favorável ao presidente Lula. Saiba mais em TVT News.
Quais os resultados da pesquisa Quaest de 16 de dezembro?
Pesquisa Quaest aponta Lula à frente e rejeição ao bolsonarismo, confira os números:
- Flávio Bolsonaro, indicado pelo ex-presidente, teria entre 21% e 27% no 1º turno.
- Presidente Lula venceria Flávio Bolsonaro no 2º por 46% a 36%
- Cenário com Tarcísio no segundo turno dá vitória a Lula por 45% a 35%
- Para 54%, Bolsonaro errou ao indicar Flávio como candidato, e para 36%, acertou
- 62% dizem que não votariam em Flávio de jeito nenhum, 23% que poderiam votar e 13% que vão votar
- Apoio de Tarcísio à candidatura do senador divide ao meio as opiniões: 42% consideram que o governador errou, 42% que acertou
- Maioria (55%) dize que Caiado e Zema acertaram ao manter suas candidaturas. Para 27%, foi um erro.
- Para 49%, Flavio será candidato até o fim, e 38% acreditam que ele quer usar candidatura para negociar
- Aprovação do governo Lula oscila e empata tecnicamente: 49% desaprovam, 48% aprova

Pesquisa Quaest revela forte rejeição a candidato de Bolsonaro e mostra Lula à frente em cenários eleitorais
Em todos os cenários testados de primeiro e segundo turno, Lula aparece na liderança, com vantagem confortável sobre os principais nomes da direita e do campo bolsonarista. O levantamento marca ainda um fato político relevante: é a primeira rodada da série que não inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente preso e com os direitos políticos suspensos, o que reorganiza o tabuleiro eleitoral à direita.
Nos cenários de primeiro turno, Lula mantém um patamar elevado e estável de intenções de voto, variando entre 34% e 41%, mesmo diante de diferentes combinações de adversários. No cenário 1, em que enfrenta diretamente o senador Flávio Bolsonaro (PL) e o governador Ratinho Junior (PSD), o presidente soma 39%, contra 23% de Flávio e 13% de Ratinho. A diferença de 16 pontos percentuais entre Lula e o principal adversário reforça a condição do petista como franco favorito.

No cenário 2, que inclui o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula amplia a vantagem: chega a 41%, enquanto Flávio Bolsonaro mantém 23% e Tarcísio aparece com apenas 10%. O resultado indica que, mesmo com a entrada de um nome frequentemente tratado como “plano B” do bolsonarismo, a direita segue fragmentada e incapaz de ameaçar a liderança do presidente.
A mesma tendência se repete nos cenários 3 e 4, que testam, respectivamente, Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil). Lula marca 39% nos dois casos, enquanto Flávio Bolsonaro varia entre 26% e 27%. Zema e Caiado têm desempenhos discretos, com índices de um dígito, evidenciando a dificuldade da direita tradicional em se projetar nacionalmente frente à força eleitoral do lulismo.
No cenário 5, com um campo ainda mais pulverizado — reunindo Flávio Bolsonaro, Ratinho Junior, Zema e Caiado — Lula lidera com 37%, mantendo distância segura sobre todos os adversários. Já no cenário 6, que inclui também Ciro Gomes (PSDB), Lula registra 34%, Flávio 21% e Ciro 8%. Mesmo nesse quadro mais competitivo, o presidente segue na dianteira, com ampla margem para avançar ao segundo turno.
Cenário 1
- Lula (PT): 39%
- Flávio Bolsonaro (PL): 23%
- Ratinho Junior (PSD): 13%
- Renan Santos (Missão): 2%
- Aldo Rebelo (Democracia Cristã): 2%
- Indecisos: 5%
- Branco/Nulo/Não vai votar: 16%
Cenário 2
- Lula (PT): 41%
- Flávio Bolsonaro (PL): 23%
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): 10%
- Renan Santos (Missão): 2%
- Aldo Rebelo (Democracia Cristã): 1%
- Indecisos: 6%
- Branco/Nulo/Não vai votar: 17%
Cenário 3
- Lula (PT): 39%
- Flávio Bolsonaro (PL): 26%
- Romeu Zema (Novo): 6%
- Renan Santos (Missão): 2%
- Aldo Rebelo (Democracia Cristã): 2%
- Indecisos: 5%
- Branco/Nulo/Não vai votar: 20%
Cenário 4
- Lula (PT): 39%
- Flávio Bolsonaro (PL): 27%
- Ronaldo Caiado (União): 4%
- Renan Santos (Missão): 3%
- Aldo Rebelo (Democracia Cristã): 2%
- Indecisos: 5%
- Branco/Nulo/Não vai votar: 20%
Cenário 5
- Lula (PT): 37%
- Flávio Bolsonaro (PL): 23%
- Ratinho Junior (PSD): 11%
- Romeu Zema (Novo): 4%
- Ronaldo Caiado (União): 3%
- Renan Santos (Missão): 1%
- Aldo Rebelo (Democracia Cristã): 1%
- Indecisos: 5%
- Branco/Nulo/Não vai votar: 15%
Cenário 6
- Lula (PT): 34%
- Flávio Bolsonaro (PL): 21%
- Ratinho Junior (PSD): 12%
- Ciro Gomes (PSDB): 8%
- Romeu Zema (Novo): 4%
- Ronaldo Caiado (União): 2%
- Renan Santos (Missão): 1%
- Aldo Rebelo (Democracia Cristã): 1%
- Indecisos: 4%
- Branco/Nulo/Não vai votar: 13%
Qual o cenário do segundo turno de acordo com a Quaest
Na pesquisa Quaset, os cenários de segundo turno reforçam o favoritismo do presidente.
Na simulação direta contra Flávio Bolsonaro, Lula venceria por 46% a 36%, uma diferença de dez pontos percentuais. O resultado é politicamente significativo por envolver o candidato oficialmente ungido por Jair Bolsonaro, ainda que ausente da disputa. A transferência de capital político do ex-presidente para o filho, ao menos até aqui, mostra-se limitada.
Contra Tarcísio de Freitas, Lula também aparece em vantagem confortável: 45% a 35%. Já diante de Romeu Zema, Lula venceria por 44% a 33% em um cenário e por 45% a 33% em outro, consolidando uma dianteira de dois dígitos sobre o governador mineiro.

O mesmo placar se repete no confronto com Ratinho Junior.

Os dados indicam que, mesmo quando considerados os votos brancos, nulos e os indecisos, Lula mantém superioridade clara sobre todos os adversários testados.
A pesquisa sugere que a ausência de Jair Bolsonaro do páreo não resultou na emergência de um nome competitivo capaz de unificar a direita.
Ao contrário, o campo conservador aparece dividido, com vários candidatos disputando o mesmo eleitorado, enquanto Lula preserva uma base sólida e nacionalmente distribuída.
Outro aspecto central do levantamento é o contexto político em que ele se insere. Ao excluir Bolsonaro pela primeira vez, a pesquisa explicita uma mudança estrutural no cenário eleitoral: o bolsonarismo segue existindo como força política, mas sem um líder com capacidade de rivalizar diretamente com Lula em termos de popularidade e intenção de voto.
Flávio Bolsonaro, apesar do sobrenome e do apoio do pai, não consegue romper o teto eleitoral observado nos diferentes cenários.
Em síntese, a rodada mais recente da Genial/Quaest aponta para um quadro de vantagem consistente do presidente Lula rumo a 2026. Seja em disputas fragmentadas no primeiro turno ou em confrontos diretos no segundo, o petista aparece sempre à frente, com folga.
O levantamento reforça a leitura de que Lula entra no próximo ciclo eleitoral como o principal polo de estabilidade e liderança política do país, enquanto a direita ainda busca — sem sucesso, até agora — um nome capaz de ameaçar sua hegemonia nas urnas.
Segundo turno
Cenário 1
- Lula (PT): 46%
- Flávio Bolsonaro (PL): 36%
- Indecisos: 3%
- Branco/Nulo/Não vai votar: 15%
Cenário 2
- Lula (PT): 45%
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): 35%
- Indecisos: 4%
- Branco/Nulo/Não vai votar: 16%
Cenário 3
- Lula (PT): 45%
- Ratinho Junior (PSD): 35%
- Indecisos: 3%
- Branco/Nulo/Não vai votar: 17%
Cenário 4
- Lula (PT): 44%
- Romeu Zema (Novo): 33%
- Indecisos: 3%
- Branco/Nulo/Não vai votar: 20%
Cenário 5
- Lula (PT): 45%
- Romeu Zema (Novo): 33%
- Indecisos: 4%
- Branco/Nulo/Não vai votar: 18%
População avalia que atuação de Lula pesou na resposta do Brasil a Trump, diz pesquisa Quaest
A Pesquisa Quaest mostra que a maior parte da população atribui relevância ao papel do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na resposta do Brasil às tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Para os entrevistados, o posicionamento adotado pelo governo brasileiro teve impacto direto no recuo das medidas, indicando percepção positiva sobre a condução diplomática do episódio.

O levantamento aponta que uma parcela expressiva dos brasileiros considera que a atuação de Lula foi importante para a reversão das tarifas, enquanto uma parte menor avalia que a influência existiu, mas em grau reduzido. Já os que afirmam que o presidente não teve papel relevante aparecem em patamar inferior ao dos que reconhecem algum peso político na condução da situação.
A pesquisa também indica que, na comparação entre os campos políticos envolvidos no embate, a maioria dos entrevistados avalia que Lula e o PT se saíram melhor do que Jair Bolsonaro e seus aliados na condução do conflito comercial. Esse entendimento se amplia ao longo dos meses analisados pelo instituto, sugerindo consolidação da percepção pública sobre o tema.

Os dados reforçam a leitura de que a política externa e a postura institucional adotadas pelo atual governo são vistas por grande parte da população como elementos capazes de proteger interesses nacionais em disputas internacionais.
Moraes vota por condenar mais 5 réus da trama golpista e absolver um
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta terça-feira (16) pela condenação de mais cinco réus por envolvimento na trama golpista que tentou manter o ex-presidente Jair Bolsonaro ilegalmente no poder após derrota eleitoral. Um dos réus foi absolvido pelo relator.
Leia em TVT News.
Quatro dos réus foram condenados por todos os cinco crimes pelos quais foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR): golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Uma ré foi condenada por dois dos crimes.
O julgamento dos réus do Núcleo 2 ocorre na Primeira Turma do Supremo e teve início por volta das 9h30, com o voto do relator. Após breve intervalo para almoço, o julgamento será retomado com o voto do ministro Cristiano Zanin. Em seguida, devem votar Cármen Lúcia e Flávio Dino.
Os réus condenados são:
Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República
Foi considerado culpado de ter auxiliado a redigir e editar uma minuta de decreto golpista que previa uma intervenção do Ministério da Defesa sobre a Justiça Eleitoral e a prisão do próprio Moraes. Segundo o ministro, o então assessor de Bolsonaro mostrou o documento a comandantes militares em reunião no Palácio do Alvorada.
A defesa alega que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator da trama golpista, plantou provas para comprovar uma versão falsa dos acontecimentos e colocar Martins na cena dos acontecimentos. Os advogados negam envolvimento de seu cliente com qualquer plano de golpe e acusam perseguição judicial.
Mário Fernandes, general da reserva do Exército e ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República
Moraes votou pela condenação do general com base nas declarações dadas pelo militar durante depoimento ao longo do processo, no qual admitiu ter escrito e impresso no Palácio do Planalto o plano Punhal Verde Amarelo. O documento foi encontrado pela Polícia Federal (PF) e previa a tomada violenta de poder pelos golpistas, com o assassinato do próprio Moraes e do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, bem como de seu vice, Geraldo Alckmin.
A defesa de Fernandes sustentou que o militar não pode ser condenado apenas por “pensamentos digitalizados” que nunca se consumaram em crime. Para os advogados, o envolvimento direto do general com a trama golpista nunca foi provado pela PGR.
“É algo para entrar para os anais da República, o pensamento digitalizado com lançador de foguetes”, disse Moraes, referindo-se ao armamento previsto no planejamento. “Nós entendemos agora o direito ao silêncio. É melhor ficar em silêncio do que dizer que digitalizou pensamentos”, afirmou.
Marcelo Câmara, coronel do Exército e ex-assessor próximo de Bolsonaro
Com assento na ajudância de ordens da Presidência da República, Câmara foi considerado culpado por Moraes de ter monitorado o próprio ministro, com o intuito de efetivar o plano homicida Punhal Verde Amarelo. Segundo as investigações, o coronel, na condição de homem de confiança de Bolsonaro, seguiu os passos de Moraes para prever o melhor momento de uma ação efetiva.
A defesa de Câmara, alega que a PGR não apresentou provas concretas que coloquem seu cliente no cenário dos atos criminosos, sendo a denúncia baseada unicamente na palavra do colaborador e em ilações.
Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF)
Moraes votou pela condenação de Vasques por ele ter instrumentalizado a PRF a serviço dos planos golpistas. Segundo a denúncia da PGR, o ex-diretor da corporação trabalhou para atrapalhar a circulação de eleitores no dia do segundo turno das eleições de 2022, sempre em áreas de maior circulação de eleitores de Lula.
A defesa de Vasques nega qualquer irregularidade e sustenta que a atuação do policial se pautou sempre pelo interesse público e os deveres funcionais.
Absolvições
Moraes ainda votou por condenar Marília Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça e única mulher denunciada por envolvimento com o complô golpista. O ministro, contudo, decidiu absolvê-la dos crimes de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado, todos ligados aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas por apoiadores de Bolsonaro.
Para o relator, que foi apoiado por falas dos ministros Flávio Dino e Cármen Lúcia, a ex-diretora, que era secretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal no 8 de janeiro, agiu para alertar sobre o perigo de manifestações violentas, atendendo, ainda que parcialmente, a seus deveres funcionais na ocasião.
O ministro votou por absolver de todos os crimes Fernando de Sousa Oliveira, ex-diretor de Operações do Ministério da Justiça. Para Moraes, não há provas suficientes para condená-lo. O relator também destacou a “atuação intensa” dele no 8 de janeiro, quando era secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública do DF, “inclusive indo ao local”, destacou o magistrado.
Outros núcleos
Até o momento, o STF já condenou 24 réus pela trama golpista. Os condenados fazem parte dos núcleos 1, liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, 3 e 4.
O núcleo 5 é formado pelo réu Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura João Figueiredo. Ele mora dos Estados Unidos, e não há previsão para o julgamento.
Felipe Pontes – Repórter da Agência Brasil
Desembargador é preso por operação que mirou em presidente da Alerj
O desembargador federal Macário Ramos Júdice Neto, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), foi preso pela Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira (16). Ele é investigado na Operação Unha e Carne 2, fase complementar da ação que prendeu, no começo do mês, o então presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) Rodrigo Bacellar. 
Leia em TVT News.
A operação investiga o vazamento de informações sigilosas no âmbito da Operação Zargun, que prendeu, em setembro, o então deputado estadual Thiego Raimundo de Oliveira Santos, conhecido como TH Joias, e outras 17 pessoas por envolvimento com facções criminosas.
O desembargador Júdice Neto é relator do processo contra TH Joias. O magistrado está detido na superintendência da PF no Rio de Janeiro. Além da prisão preventiva, a operação Unha e Carne 2 cumpre dez mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, os dois estados da jurisdição do TRF2.
As ações foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e estão no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635/RJ (ADPF das Favelas), que determina à PF investigações sobre a atuação dos principais grupos criminosos no estado e conexões com agentes públicos.
Defesa
Por meio de nota, a defesa do desembargador alega que o ministro Alexandre de Moraes, do STF. responsável pelo processo, “foi induzido a erro ao determinar a medida extrema”. O comunicado, assinado pelo advogado Fernando Augusto Fernandes, afirma que não foi disponibilizada cópia da decisão que decretou a prisão de Júdice Neto, “obstando o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa”.
Segundo o advogado, nada foi encontrado na busca e apreensão. A defesa antecipa que, após ter acesso às informações, pedirá a soltura do desembargador.
“É preciso investigar a quem interessa o afastamento do desembargador que determinou prisões no Rio de Janeiro e a criação de versões mentirosas que levaram aos fatos de hoje. Todos os alvos de sua decisão como desembargador estão presos”, completa a nota.
Relembre o caso
A Operação Zargun teve como alvo principal o então deputado estadual TH Joias, em setembro. Ele é acusado de ligação com a facção criminosa Comando Vermelho (CV), que inclui a intermediação de compra e venda de armas. Ele tinha assumido uma vaga na Alerj como suplente, cargo que perdeu após a prisão, com a volta ao cargo do deputado titular.
No começo de dezembro, a primeira fase da Unha e Carne prendeu o então presidente da Alerj Rodrigo Bacellar, acusado de ter passado informações da Zargon para TH Joias. Bacellar chegou a ficar cinco dias presos, tendo sido libertado após uma decisão da Alerj que revogou a prisão. No dia seguinte à soltura, ele pediu licença do cargo.
Por decisão do ministro Alexandre de Moares, Bacellar tem que usar tornozeleira eletrônica e obedecer a algumas restrições, como permanecer afastado da presidência da Alerj, recolhimento domiciliar, proibição de se comunicar com outros investigados, suspensão de porte de arma e entrega de passaporte.
A decisão da Alerj está prevista na Constituição. Quando a Justiça decreta a prisão de um deputado federal ou estadual, a medida precisa ser ratificada pela respectiva Casa legislativa.
Bruno de Freitas Moura – Repórter da Agência Brasil
TVT exibe série de programas sobre tarifa zero nos transportes
Jovens parlamentares do Brasil se unem na luta pela implementação da tarifa zero nos transportes em todas as cidades. A TVT exibe série de quatro programas da recém-criada Frente Nacional de Parlamentares em Defesa da Tarifa Zero. O primeiro episódio vai ao ar nesta terça, às 18h e serão exibidos todas os dias, até a próxima sexta, 19, no mesmo horário. Confira como serão os programas com a TVT News.
Frente Nacional de Parlamentares em Defesa da Tarifa Zero e TVT produzem programas sobre transporte gratuito
Nomes como Clóvis Girardi, Luna Zarattini, Bia Alcantara, Duda Hidalgo, Uriel Biazin, Maria Paula, Luiza Dulci, Bruna Biondi, Fernanda Henrique, Dep. Est. Maurici, Dep. Fed. Jilmar Tatto, entre dezenas de parlamentares comprometidos com uma mobilidade mais justa, lançam a Frente Nacional de Parlamentares em Defesa da Tarifa Zero e participam de série de programas exibidos na TVT.
Os programas vão ao ar toda terça, às 18h, pela TVT, canal 44.1 na Grande São Paulo e canal 555 pela parabólica digital em todo o Brasil.
O que são os programas sobre a tarifa zero
A gravação, realizada com apoio técnico-operacional da TVT, contará com quatro episódios, em que os convidados trarão diferentes perspectivas em relação ao tema, marcando assim o início de uma articulação nacional pela garantia da Tarifa Zero como direito.
“O Brasil dá, nesta semana, um passo histórico na luta por uma mobilidade urbana mais justa. O Fórum reunirá vereadoras, vereadores, deputadas e deputados estaduais e federais de diferentes partidos, regiões e trajetórias. A iniciativa nasce para transformar o transporte público em um direito universal, enfrentando desigualdades e ampliando o acesso à cidade”, conta o vereador por Santo André, Clóvis Girardi.

O lançamento acontece em um momento decisivo. Hoje, 137 cidades brasileiras já adotam a Tarifa Zero todos os dias, demonstrando que a política não é utopia: é realidade, funciona e melhora a vida das pessoas.
O lançamento será organizado em quatro painéis temáticos:
1. Tarifa Zero como direito social
2. Modelos de financiamento e experiências municipais
3. Tarifa Zero e o Governo Federal
4. Tarifa Zero na sua cidade – com presença de parlamentares que implementam ou estudam a política em seus municípios.

Manifesto da Frente Nacional de Parlamentares em Defesa da Tarifa Zero
Leia o manifesto:
Pela primeira vez, o horizonte da tarifa zero chega ao plano nacional. O Governo Lula iniciou um estudo inédito sobre financiamento da Tarifa Zero, reconhecendo a mobilidade como política pública estratégica e não como um problema invisível.
A Tarifa Zero movimenta pessoas, movimenta a economia e melhora o ar que respiramos.
Mas sua potência vai além dos números. A política combate desigualdades estruturais. Mulheres, que acumulam jornadas e dependem majoritariamente do transporte público, são diretamente beneficiadas quando não precisam escolher entre pagar a passagem e garantir o básico.
A Tarifa Zero, portanto, é uma política de gênero, raça e justiça social, uma política que amplia autonomia e corrige desigualdades históricas..
Diante desse cenário, nasce a Frente Nacional de Parlamentares em Defesa da Tarifa Zero. Sua missão é:
• Articular legislações e iniciativas em todo o país;
• Dialogar com o Governo Federal;
• Propor modelos de financiamento;
• Fortalecer municípios que já implementaram a política;
• Conectar movimentos sociais, trabalhadores, pesquisadores e usuários;
• Transformar a Tarifa Zero em projeto de país, não apenas uma exceção.
O lançamento será organizado em quatro painéis temáticos:
1. Tarifa Zero como direito social
2. Modelos de financiamento e experiências municipais
3. Tarifa Zero e o Governo Federal
4. Tarifa Zero na sua cidade – com presença de parlamentares que implementam ou estudam a política em seus municípios.
O lançamento marca o início de uma articulação inédita no país. Uma mobilização que afirma que mobilidade é direito, a partir de uma política pública intersetorial, capaz de construir uma sociedade mais plural, justa e acessível, bem como garantir que ninguém seja impedido de estudar, trabalhar, acessar equipamentos de saúde, cultura e lazer, por não conseguir pagar uma passagem.
A Tarifa Zero é futuro, justiça igualdade. E, a partir de agora, é uma pauta nacional.
Parlamento Europeu endurece salvaguardas agrícolas e coloca acordo UE–Mercosul sob pressão
O Parlamento Europeu aprovou nesta terça-feira (16) um conjunto de medidas de proteção mais rígidas para o setor agrícola da União Europeia no âmbito do acordo comercial com os países do Mercosul. As novas salvaguardas, mais duras do que as inicialmente propostas pela Comissão Europeia, permitem a suspensão temporária de benefícios tarifários concedidos ao bloco sul-americano caso determinados critérios sejam acionados, o que reacende tensões políticas e provoca preocupação no agronegócio brasileiro. Entenda na TVT News.
A decisão ocorre em um momento sensível das negociações. A expectativa era que o acordo entre União Europeia e Mercosul fosse assinado neste sábado (20), durante a Cúpula do Mercosul em Foz do Iguaçu (PR), com a presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. No entanto, o endurecimento das salvaguardas e a resistência de países como a França colocam em dúvida o cronograma.
O texto aprovado pelo Parlamento reduz os gatilhos que permitem à União Europeia abrir investigações e, eventualmente, suspender vantagens comerciais. Pela nova redação, se as importações de um produto agrícola considerado sensível aumentarem 5%, na média de três anos, a UE poderá iniciar um processo de apuração. Também haverá intervenção caso o preço de um produto do Mercosul fique pelo menos 5% abaixo do praticado no mercado europeu. Na proposta original da Comissão Europeia, divulgada em setembro, esses limites eram de 10%.
Além disso, os eurodeputados defenderam que as salvaguardas sejam automaticamente aplicáveis sempre que as importações agrícolas do Mercosul não estiverem em conformidade com os padrões de produção exigidos pela União Europeia. Essa exigência atende a pressões de países que se opõem ao acordo, em especial a França, que argumenta ser necessário proteger agricultores europeus de concorrência considerada desleal.
Com a aprovação do novo texto, Parlamento e Conselho Europeu, órgão que reúne os governos dos Estados-membros da UE, terão de negociar um compromisso. O Conselho havia apoiado a versão anterior, mais flexível. As negociações começam já nesta quarta-feira (17), e os governos europeus devem se reunir na quinta (18) e na sexta-feira (19), com a possibilidade de votação ainda nesta semana.
O impasse político permanece evidente. A França, agora apoiada pela Itália, defende o adiamento da votação do acordo até 2026. A Alemanha, por outro lado, pressiona pela assinatura imediata do tratado, vista como estratégica em um cenário global marcado por disputas comerciais e reconfiguração de cadeias produtivas.
Alerta no acordo Mercosul e UE
Para o agronegócio brasileiro, as novas salvaguardas soam como um sinal de alerta. A diretora de relações internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sueme Mori, avalia que os mecanismos podem limitar exportações e contradizem o espírito de livre comércio que fundamenta o acordo. “A União Europeia não veio aqui perguntar para o Brasil, Paraguai e Uruguai se a gente concordava ou não com as salvaguardas”, afirmou. Segundo ela, “o que vai ser assinado no dia 20, se for assinado, é o texto que foi negociado pelos dois blocos”.
O Brasil é um dos principais interessados na entrada em vigor do acordo. Maior economia do Mercosul e um dos maiores produtores de alimentos do mundo, o país tem na União Europeia seu segundo maior mercado para produtos agropecuários, atrás apenas da China e à frente dos Estados Unidos. O tratado prevê a eliminação das tarifas de importação de 77% dos produtos agropecuários comprados pela UE do Mercosul.
Com isso, itens como café, frutas, peixes, crustáceos e óleos vegetais teriam as taxas de importação gradualmente zeradas, em prazos que variam de quatro a dez anos. Produtos considerados sensíveis pelos europeus, como carnes bovina e de frango, ficariam sujeitos a cotas de exportação, justamente por competirem diretamente com a produção local.
O acordo UE–Mercosul foi concluído em dezembro do ano passado, após cerca de 25 anos de negociações, e é apresentado como o maior tratado comercial da história da União Europeia. Desde então, a Comissão Europeia tenta contornar resistências internas, sobretudo no campo agrícola, introduzindo mecanismos de proteção como as salvaguardas agora endurecidas pelo Parlamento.
Arquidiocese de SP suspende transmissões e redes sociais do padre Júlio Lancelotti
O cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, determinou a suspensão das transmissões ao vivo das missas e das atividades em redes sociais do padre Júlio Lancelotti, religioso que atua há mais de quatro décadas na Paróquia São Miguel Arcanjo, no bairro da Mooca, zona leste da capital paulista. A decisão, confirmada pelo próprio sacerdote, provocou ampla repercussão entre fiéis, lideranças religiosas e movimentos sociais. Saiba os detalhes na TVT News.
No domingo (14), durante a celebração dominical, Lancelotti informou aos fiéis que aquela seria a última missa transmitida ao vivo. As celebrações vinham sendo exibidas por plataformas digitais, como o YouTube, além de veículos parceiros, como a Rede TVT, alcançando público no Brasil e no exterior. Segundo o padre, a orientação recebida do arcebispo foi para “dar um tempo”, como forma de “recolhimento e proteção”.
De acordo com pessoas próximas ao religioso, uma carta assinada por dom Odilo, recebida em 10 de dezembro, formalizou a proibição do uso das redes sociais e o veto às transmissões online das missas dominicais. Em nota, Lancelotti informou que o afastamento das plataformas digitais é temporário e que as celebrações continuam sendo realizadas presencialmente na Capela da Universidade São Judas, na Mooca.

Além das restrições à atuação midiática, em reportagem da Folha de S. Paulo, foi levantada a possibilidade da transferência do padre da Paróquia São Miguel Arcanjo. A mudança supostamente teria sido comunicada por carta, mas o próprio Lancelotti negou que a decisão esteja confirmada. Ele reiterou sua permanência na paróquia e destacou sua obediência e vínculo com a Arquidiocese de São Paulo.
Idade e regras de aposentadoria entram no debate
A discussão ocorre em meio às normas da Igreja Católica sobre aposentadoria de padres. Lancelotti completará 77 anos no próximo dia 27, enquanto as regras permitem o afastamento de párocos a partir dos 75 anos. O sacerdote, no entanto, ressalta que a medida não é automática e que há religiosos que permanecem em atividade por mais tempo, conforme a necessidade pastoral. Dom Odilo Scherer, por sua vez, deverá se aposentar em abril de 2026, ao completar 75 anos.
Arquidiocese evita comentar o caso
Procurada pela imprensa, a Arquidiocese de São Paulo optou por não detalhar os motivos das determinações. Em nota, a assessoria informou apenas que o assunto diz respeito a uma questão interna entre o bispo e seu sacerdote. Até o momento, não há confirmação oficial sobre mudanças no funcionamento dos projetos sociais associados ao padre Júlio Lancelotti.
Atuação social marca trajetória do padre Júlio
Padre Júlio Lancelotti é conhecido nacionalmente pelo trabalho junto à população em situação de rua, realizado por meio da Pastoral do Povo da Rua, ligada à Igreja Católica. Sua atuação inclui distribuição de alimentos, acolhimento pastoral e iniciativas sociais voltadas a pessoas em extrema vulnerabilidade. Entre os projetos recentes está a Biblioteca Wilma Lancelotti, inaugurada no bairro do Belém, com cerca de três mil livros destinados ao público em situação de rua.
Ao mesmo tempo em que reúne apoio, o padre também se tornou alvo frequente de ataques da extrema-direita. Parlamentares e grupos extremistas já moveram ações judiciais e campanhas de desinformação. Recentemente, um deputado federal afirmou ter levado ao Vaticano um abaixo-assinado pedindo o afastamento do religioso.
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Lula bate com folga nomes da direita, incluindo Flávio, diz pesquisa Quaest
Presidente Lula (PT) lidera todos os cenários de primeiro e segundo turno, contra nomes como Flávio Bolsonaro (PL) e Tarcísio de Freitas (Republicanos)

Moraes vota por condenar mais 5 réus da trama golpista e absolver um
Após intervalo, julgamento será retomado com voto de Cristiano Zanin

Desembargador é preso por operação que mirou em presidente da Alerj
O desembargador federal Macário Ramos Júdice Neto, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), foi preso pela Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira

Parlamento Europeu endurece salvaguardas agrícolas e coloca acordo UE–Mercosul sob pressão
O Parlamento Europeu aprovou medidas de proteção mais rígidas para o setor agrícola, o que pode impactar acordo com o Mercosul

O que é notícia no Jornal TVT News Primeira Edição | 16-12-2025
Veja as principais notícias do dia com o Jornal TVT News Primeira Edição

Defensoria critica fim de cotas raciais em Santa Catarina
Lei aprovada na Alesc proíbe cotas em universidades estaduais
