A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), atualmente licenciada do cargo, está sendo procurada pela polícia italiana na região de Vêneto, de acordo com informações do portal Metrópolis. Condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos e 8 meses de prisão em regime fechado por crimes de invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos, Zambelli é considerada foragida da Justiça brasileira e procurada pela Interpol. Entenda na TVT News.
Caso Carla Zambelli
- Localização: Zambelli estaria na região de Vêneto, Itália, sob investigação da polícia local.
- Condenação: 10 anos e 8 meses por invasão de sistema do CNJ e falsidade ideológica.
- Crimes: Inserção de documentos falsos, incluindo mandado de prisão contra Alexandre de Moraes.
- Medidas judiciais: Prisão preventiva, bloqueio de bens e passaportes, suspensão de redes sociais.
- Interpol: Inclusão na difusão vermelha, permitindo prisão e extradição internacional.
- Extradição: Pedido formal foi feito; processo pode durar menos de um ano.
- Declarações: Zambelli nega ser foragida e alega perseguição política.
- Substituição: Durante a licença, será substituída por Coronel Tadeu na Câmara.
Zambelli está na lista vermelha de difusão da Interpol, o que permite sua prisão e eventual extradição. A parlamentar possui cidadania italiana e deixou o Brasil após a condenação, cruzando a fronteira com a Argentina, passando pelos Estados Unidos e seguindo para a Itália. Atualmente, ela está sob investigação da polícia local, que realiza buscas para localizá-la, embora a prisão só possa ocorrer fora de locais considerados invioláveis, como residências ou hotéis.
De acordo com o embaixador brasileiro na Itália, Renato Mosca, a Justiça italiana já acatou o pedido do governo brasileiro e emitiu um mandado de prisão provisória para fins de extradição. “Ela poderá ser presa a qualquer momento, desde que não esteja em local inviolável”, afirmou Mosca em entrevista à GloboNews. O embaixador também destacou que não há impedimentos legais para a extradição de cidadãos ítalo-brasileiros, como Zambelli, e citou precedentes recentes nesse sentido. O pedido formal de extradição já foi encaminhado e começou a tramitar na Justiça italiana.
Zambelli condenada
A condenação de Zambelli foi proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da ação no STF, que destacou o risco de reiteração criminosa. Mesmo após a sentença, a deputada continuou fazendo declarações públicas contra o sistema eleitoral e atacando instituições democráticas. Ela foi sentenciada junto com o hacker Walter Delgatti Neto, condenado a 8 anos e 3 meses de reclusão. Ambos foram responsabilizados pela inserção de documentos fraudulentos no Banco Nacional de Mandados de Prisão, incluindo um falso mandado de prisão contra o próprio ministro Alexandre de Moraes.
Além da prisão, o STF determinou uma série de medidas cautelares contra Zambelli: bloqueio de todos os seus passaportes (inclusive o diplomático), congelamento de bens, contas bancárias, veículos, imóveis, embarcações e aeronaves. O valor mínimo para reparação dos danos foi fixado em R$ 2 milhões. As redes sociais da deputada também foram bloqueadas, com ordem para preservação dos conteúdos e envio dos dados às autoridades.
Na esfera parlamentar, a Câmara dos Deputados suspendeu o salário e as verbas destinadas a Zambelli, redirecionando os valores ao pagamento da multa judicial. No momento, ela está licenciada do mandato por 127 dias e será substituída por Coronel Tadeu (PL-SP).
O processo de extradição, conforme explicou o embaixador, pode ser concluído em menos de um ano, dependendo da tramitação no sistema judiciário italiano.