Ex-primeira-ministra de Bangladesh condenada por repressão aos distúrbios de 2024

Sheikh Hasina foi condenada à morte por ordenar a repressão dos distúrbios que provocaram sua queda em 2024
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(ARQUIVO) A primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, fala durante uma entrevista em um hotel em Nova York, em 22 de setembro de 2022. Um tribunal de Bangladesh condenou, em 17 de novembro, a ex-primeira-ministra Sheikh Hasina à morte por crimes contra a humanidade. Aplausos irromperam no tribunal lotado quando o juiz leu o veredicto. Hasina, de 78 anos, desobedeceu às ordens judiciais para que retornasse da Índia para comparecer ao julgamento sobre se ela ordenou uma repressão violenta contra um levante estudantil que a depôs. (Foto de Ed Jones / AFP)

A ex-primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, é condenada à morte por repressão dos distúrbios de 2024. Leia em TVT News com informações da AFP.

Dacca, Bangladesh, via AFP. A Justiça de Bangladesh condenou nesta segunda-feira (17) a ex-primeira-ministra Sheikh Hasina à morte, depois que ela foi declarada culpada de ordenar a repressão dos distúrbios que provocaram sua queda em 2024, nos quais morreram pelo menos 1.400 pessoas, a maioria civis, segundo a ONU.

“Todos os elementos (…) constitutivos de um crime contra a humanidade estão reunidos”, declarou o juiz do tribunal de Dacca, Golam Mortuza Mozumder. “Decidimos impor uma única pena, a pena de morte”, acrescentou.

Hasina, 78 anos, sempre negou as acusações e foi julgada à revelia. Ela fugiu de helicóptero para a Índia em agosto de 2024.

Os juízes consideraram a ex-primeira-ministra culpada de várias acusações relacionadas a crimes contra a humanidade, em particular por incitar e ordenar assassinatos, segundo o veredicto.

Após a sentença, Hasina, que foi a chefe de Governo do país por 15 anos, afirmou que o veredicto tinha “motivações políticas”.

“As sentenças proferidas contra mim foram ditadas por um tribunal manipulado, estabelecido e presidido por um governo não eleito e sem mandato democrático”, declarou em um comunicado

A decisão do tribunal de Dacca era muito aguardada no país de mais de 170 milhões de habitantes, que se prepara para as próximas eleições legislativas dentro de três meses.

A polícia da capital foi mobilizada para garantir a segurança nas imediações do tribunal e em todos os pontos estratégicos da cidade.

© Agence France-Presse

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