Lula anuncia incentivos à leitura na abertura da 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo

Lula assinou a nova Política Nacional de Leitura e Escrita e anunciou a inclusão de bibliotecas no “Minha Casa, Minha Vida”
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Lula durante cerimônia de abertura da 27ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo/ Ricardo Stuckert

Por Emilly Gondim

Na quinta-feira, (5), foi realizada a abertura oficial da 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. O evento aconteceu no Auditório Celso Furtado (em frente ao Pavilhão em que estão os estandes da Bienal) e contou com a presença do presidente Lula acompanhado da primeira-dama Janja. Na cerimônia estiveram presentes também a Ministra da Cultura, Margareth Menezes, o Ministro da Educação, Camilo Santana, o Ministro da Cidade, Jader Filho, a Governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra e a escritora Conceição Evaristo. O espetáculo de abertura foi conduzido por Arnaldo Antunes e Vitor Araújo com o show intitulado por “Lagrimas do Mar”.

No evento, Lula assinou a nova Política Nacional de Leitura e Escrita (PNLE). A lei estabelece a atualização do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) a cada 10 anos conforme o Plano Nacional de Cultura (PNC) e o Plano Nacional de Educação (PNE) — ambos também foram atualizados e assinados novas versões pela Ministra da Cultura e pelo Ministro da Educação no evento.

Outra novidade anunciada foi que os novos conjuntos habitacionais do “Minha Casa, Minha Vida” contarão com bibliotecas e espaços para leitura nos condomínios. O projeto foi realizado pelo Ministério das Cidades e a expectativa nessa primeira fase é que tenha, aproximadamente, 1500 habitações espalhadas pelo país, cada uma com 500 livros.

Já o Ministério da Educação afirmou que destinará R$50 milhões para a compra de livros destinados a bibliotecas públicas. Também disse que terá um edital de inclusão à diversidade na literatura com obras para ressaltar a cultura brasileira, desde a literatura indígena a quilombolas e ribeirinhas.

A presidente da Câmara Brasileira do Livro, Sevani Matos, abriu a cerimônia com expectativas para essa edição. Segundo ela, essa é a maior realização da história do evento com 227 expositores e 3,5 milhões de livros. A organização espera receber mais de 660 mil visitantes durante os 10 dias de palestras e exposição.

Esse ano, a Bienal convida a Colômbia para expor sua literatura e cultura — na última edição, por exemplo, a parceria foi com Portugal. A delegação convidada contará com 17 autores renomados, um estande exclusivo e uma programação cultural especial. Em discurso, o presidente Lula disse ter lido Cem Anos de Solidão e O Amor Em Tempos de Cólera, ambos da editora Record e escritos pelo colombiano Gabriel García Márquez — que em 2024 completou uma década de morte.


Os ingressos estão à venda por até R$35. A Bienal, neste ano, está de volta ao Anhembi, em São Paulo.
Av. Olavo Fontoura, 1209

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